
Mesmo após o auge da pandemia e com a guerra na Ucrânia já influenciando menos o custo da produção agrícola, o produtor de café segue cauteloso na hora de vender seus grãos.
No Cerrado de Minas Gerais, a mais tradicional região produtora de café do Brasil, os cafeicultores já venderam praticamente toda a safra colhida em 2022, mas se mantêm resistentes.
Em entrevista durante a Feira Nacional da Cafeicultura Irrigada (Fenicafé), em Araguari, no Triângulo Mineiro, o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis, disse que, ao contrário dos anos anteriores, quando os exportadores tinham bastante café nos armazéns das cooperativas, as tradings agora estão praticamente varrendo o que sobrou. “A gente nota que o pouquinho de café que tem está na mão do produtor. E ele está resistente porque teve um custo muito alto dos insumos no ano passado, e ele precisa vender a preços um pouco melhores para poder se manter na atividade”, pontuou Assis.(Com Fábio Rübenich – Agência SAFRAS)
A Fenicafé segue até sexta-feira (31/03) no Parque de Exposições Ministro Rondon Pacheco, em Araguari, no Triângulo Mineiro. Assim como em 2022, a Fenicafé faz parte da Café Agro, que soma mais de uma semana de atrações com a Expo Araguari. O evento é promovido pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) e a Federação dos Cafeicultores do Cerrado com apoio da Embrapa Café e Prefeitura Municipal de Araguari.