Estratégias de sucesso no plantio antecipado de milho safrinha

A antecipação do plantio de milho safrinha é importante porque, segundo pesquisas, a cada dia que se antecipa o plantio há possibilidade de se produzir mais. Além disso, há vantagens para quem faz a integração lavoura-pecuária, semeando a braquiária ou panicum junto, visando usufruir de um período maior das pastagens.

Publicado em 9 de maio de 2019 às 10h54

Última atualização em 9 de maio de 2019 às 10h54

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Autor

Paulo Claudeir Gomes da Silva
Doutor em Produção Vegetal, professor – Unoeste e consultor pcgomes@unoeste.br

A antecipação do plantio de milho safrinha é importante porque, segundo pesquisas, a cada dia que se antecipa o plantio há possibilidade de se produzir mais. Além disso, há vantagens para quem faz a integração lavoura-pecuária, semeando a braquiária ou panicum junto, visando usufruir de um período maior das pastagens.

Com essa antecipação, teoricamente haverá aumento de produtividade, porém, tudo vai depender das condições climáticas da região, do investimento em adubação e aplicação de inseticidas na cultura, já que mesmo os milhos da geração PRO3 enfrentam ataques de lagartas-do-cartucho.

Cuidados

Os cuidados a serem adotados na safrinha são os mesmos do plantio da safra, já que a primeira tem atingido produtividades recordes. Importante lembrar de investir na análise de solo, boa adubação de base, cobertura, controle de pragas e doenças e a escolher a cultivar adequada às condições locais.

Híbridos

As tecnologias em milhos híbridos atuais dispõem de proteção à a raiz do milho contra o ataque da Diabrotica speciosa (conhecida como larva-alfinete) e são eficientes no manejo de plantas daninhas. Além disso, produtos inovadores já conseguem minimizar o ataque da lagarta-do-cartucho.

Adubação

Na tomada de decisão quanto à adubação, alguns fatores devem observados: região, altitude, distribuição de chuvas, plantio direto ou convencional e se é sequeiro ou irrigado.

As quantidades de N adotadas dependerão da fertilidade do solo e da exigência da cultivar escolhida, variando de 45 a 140 kg/N/ha. Em solos de textura argilosa a aplicação da adubação nitrogenada pode ser feita em dose única, entre os 30 e 35 dias após a semeadura. Mas em solos arenosos recomenda-se o parcelamento em pelo menos duas vezes.

Sempre observar a doses – sendo elas elevadas, recomenda-se o parcelamento, independentemente do teor de argila. Em média, deve-se fazer as adubações entre 06 a 12 folhas totalmente emergidas.

As aplicações foliares são, na maioria das vezes, para correções de micronutrientes na planta. Assim, a necessidade vai depender da análise de solo e da adubação de base. Recomenda-se fazer uma análise foliar e avaliar, pois os cultivares de alta tecnologia vão precisar dos micronutrientes como, Zn, Mn, Cu, Fe e B, podendo incrementar a produtividade em até 5 sacas a mais por hectare.

Fitossanidade

O tratamento de sementes é essencial para evitar ataques de pragas de solo (fungicidas e inseticidas). Recomenda-se o acompanhamento da área mesmo antes do plantio, para realização de controle preventivo, por exemplo do percevejo castanho e corós, entre outros.

Evitar plantios sucessivos na mesma área, o que pode atrair pragas e doenças. É importante investir na rotação de culturas. Ressalta-se que existem vários produtos eficientes (fungicidas e inseticidas) no mercado para controle de pragas e doenças da cultura do milho em geral.

Investimento

Na safrinha, trabalha-se com um valor estimado de R$ 2.150/ha, valor este que o produtor já sabe que serve de parâmetro para o produtor saber quanto deve produzir para pagar o custo, dependendo do valor da saca em sua região. Assim sendo, com o controle dos investimentos realizados em mãos, a tomada de decisão é mais segura.

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