EPAMIG conduz estudo pioneiro sobre a identificação da broca do tronco do pequizeiro

Artigo desenvolvido pela UFPR, em parceria com a EPAMIG e outras instituições, registra, pela primeira vez, ocorrência de Cossula duplex em Minas Gerais e Goiás

Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 07h54

Última atualização em 20 de janeiro de 2025 às 07h54

Acompanhe tudo sobre broca do tronco, EPAMIG, estudo pioneiro, identificação, pequizeiro e muito mais!

Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), em colaboração com o Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR),  conduziu um estudo que levou à publicação de um artigo científico com o objetivo de identificar a espécie associada à mortalidade de pequizeiros, árvores responsáveis pela produção do pequi.

O fruto, típico do Bioma Cerrado, é amplamente apreciado na culinária brasileira e constitui uma fonte de renda significativa para comunidades locais. Em Japonvar, no Norte de Minas Gerais, o cultivo e a comercialização do pequi representam até 40% da renda anual das famílias.

Descoberta científica

O estudo, conduzido pela área de Entomologia da EPAMIG Norte, com o apoio de instituições nacionais e internacionais, teve início em 2019, após relatos de danos causados por insetos perfuradores em pequizeiros na região de Japonvar. 

A praga, popularmente chamada de “broca do tronco do pequizeiro”, foi identificada como uma lagarta da família Cossidae, que escava galerias no tronco das árvores, comprometendo sua integridade e saúde.

Exames realizados em parceria com o Departamento de Zoologia da UFPR permitiram identificar o inseto como Cossula duplex Dyar & Schaus, 1937, um lepidóptero previamente registrado apenas na América Central e na Floresta Amazônica. Este é o primeiro registro científico da espécie nos estados de Minas Gerais e Goiás.

Segundo Antônio Cláudio, pesquisador da EPAMIG, a identificação da espécie é fundamental para compreender seu ciclo de vida, comportamento e desenvolver métodos de controle.

“A descoberta do nome científico da espécie é crucial para obtermos as informações científicas disponíveis, como áreas de ocorrência e ciclo de vida, e para desenvolvermos estratégias de controle para esta espécie, e outras “parentes”, que sejam ambientalmente sustentáveis e economicamente viáveis”, explica.

Próximos passos

A EPAMIG continua a pesquisa sobre o acometimento do pequizeiro, com foco no desenvolvimento de estratégias de manejo baseadas na comunicação química entre machos e fêmeas do inseto Cossula duplex. Além disso, estudos estão sendo realizados para avaliar a relação entre a praga e a mortalidade do pequizeiro, espécie ameaçada e de grande relevância econômica para o Cerrado brasileiro.

O estudo integra o projeto “Causas bióticas e abióticas da mortalidade de pequizeiros no norte de Minas Gerais e estratégias de manejo”, financiado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA).

Participe do Nosso Canal no WhatsApp

Receba as principais atualizações e novidades do agronegócio brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Últimas publicações

1

Unilever Alimentos e CJ Selecta anunciam investimento de 5.5 milhões de Euros em programa de agricultura regenerativa no plantio de soja

2

DaColheita Bio: inovação da Termotécnica transforma bagaço da cana em embalagens sustentáveis

3

Bahia Farm Show 2025 inicia montagem e reforça expectativa de público recorde

4

Campo Limpo: referência mundial em reciclagem no setor agro

5

Holcus spot é a nova doença do milho

Assine a Revista Campo & Negócios

Tenha acesso a conteúdos exclusivos e de alta qualidade sobre o agronegócio.

Publicações relacionadas

Embalagens DaColheita Bio feitas a partir do bagaço da cana, inovação da Termotécnica

DaColheita Bio: inovação da Termotécnica transforma bagaço da cana em embalagens sustentáveis

Cajá - Crédito: Internet

Cajá: como cultivar, quais os benefícios, principais pragas e mais

produção de grãos

Produção de grãos pode bater novo recorde no Brasil

Mariangela Hungria no laboratório

Mariangela Hungria ganha o “Nobel” da agricultura mundial