Entenda a complexidade que envolve a adubação foliar para a soja

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Publicado em 6 de novembro de 2017 às 07h44

Última atualização em 6 de novembro de 2017 às 07h44

Acompanhe tudo sobre Adubação, Análise de solo, Manganês, NPK, Pulverização, Queima, Semente tratada, Traça e muito mais!

Áureo Lantmann

Consultor técnico do Soja Brasil

 

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A aplicação de nutrientes às folhas das plantas, com o objetivo de complementar ou suplementar as necessidades nutricionais das mesmas, é fundamental para o bom desenvolvimento da soja.

Apesar de todos os conhecimentos e de algumas vantagens, o uso dos principais nutrientes em pulverização foliar tem sérias restrições. A utilização de sais solúveis de NPK, deste modo, somente pode ser feita em baixa concentração, sendo necessárias várias aplicações para atingir a adequada quantidade de nutrientes nas plantas, capaz de afetar significativamente a produção.

Quando a concentração é aumentada, pode ocorrer a queima das folhas. Na prática, têm sido obtidos resultados muito inconsistentes quanto à sua eficiência, havendo ainda inúmeros pontos obscuros a serem estudados.

A adubação foliar normalmente é tratada de forma muito genérica ou dando uma perspectiva exagerada do efeito, sem a consideração de uma série de particularidades que seu emprego requer.

Qual o objetivo da adubação foliar?

  1. A) Corrigir as deficiências?
  2. B) Complementar a adubação do solo?
  3. C) Suplementar a adubação do solo durante todo o ciclo da cultura?
  4. D) Suplementar a adubação de solo no estádio reprodutivo da soja?

Mas, se as necessidades nutricionais da soja, quantificadas em função da interpretação dos resultados de análises de solo, forem atendidas via adubação no solo, não há razão para a aplicação foliar, que seria inócua.

Quando aplicar

A maior questão sobre a adubação foliar para a soja é quando se deve aplicar adubo foliar. Para isso, na verdade há necessidade de um diagnóstico, em que se considere:

1) Resultados de análise de solo;

2) Resultados de análises foliares de anos anteriores, complementados com índices do DRIS (metodologia que avalia o estado nutricional das plantas, a fim de orientar a recomendação para adubação);

3) Conhecimentos da adubação utilizada no ano e, principalmente, das adubações de anos anteriores;

4) Histórico de sintomas de deficiências em anos anteriores, principalmente de micronutrientes;

5) Considerar as respostas apresentadas com o uso de adubos foliares em anos anteriores.

Sem esse conjunto de informações, a adubação foliar na soja fica sem objetivo e sem parâmetros de referência para sua recomendação.

Nos casos do cobalto, molibdênio e manganês, há argumentos técnicos para suas recomendações via foliar. Cobalto e molibdênio, quando não foram adicionados via sementes, em que pese ser esta ainda a mais eficiente forma de adubação para esses dois nutrientes, pode-se optar pela via foliar. Para o manganês, quando surgirem sintomas ainda no período vegetativo, se recomenda via foliar.

Essa matéria você encontra na edição de novembro 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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