Dificuldades do mercado abrem caminho para novas alternativas em adubação e máquinas

Marco Gobesso, engenheiro Agronônomo e head de marketing do Grupo Piccin, em artigo para a Campo & Negócios.
Crédito Loiva de Melo
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Divulgação

O recente cenário de instabilidade e principalmente de aumento nos custos da produção agrícola nacional e as ameaças de indisponibilidade no abastecimento de fertilizantes, intensificou a busca por alternativas viáveis para suprir a necessidade e continuar a produzir com referência como é hoje no País.

As empresas fabricantes de equipamentos utilizados na aplicação desses insumos também sabem da importância desse cenário no Brasil e acompanham as pesquisas e estudos relacionados ao tema. Esta é uma realidade e com certeza não podemos ficar fora destes trabalhos em prol do avanço em determinar novas opções e alternativas para a adubação. Assim como vimos um aumento do uso de fertilizantes orgânicos na última safra, hoje estamos vendo a consolidação de pesquisas que buscam atender também, além dos problemas de indisponibilidade e custos, o aumento da produtividade e a redução da emissão de C0².

Nesse sentido, já vemos movimentação e frentes em desenvolvimento. Por exemplo, estudos divulgados recentemente e conduzidos por instituições de ensino renomadas no setor como a Embrapa, Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), ligada à Universidade de São Paulo (USP), em parceria com empresas do setor, mostram que a utilização de fertilizantes à base de nitrato como fonte de nitrogênio traz considerável ganho no aumento de produtividade em diversas culturas. Também revelaram possível contribuição para a redução da emissão de gases no ambiente.

Esses dados são animadores, principalmente quando analisamos mais de perto. Os resultados destes trabalhos na cultura do milho apontam, após quatro safras, um crescimento de produtividade em 10 sacas/ha ao ano. Acompanhados de uma redução na pegada de carbono em 20% após avaliação em oito safras. São ótimas notícias e que nós como indústria de implementos e contribuintes diretos do agronegócio vemos com ótimos olhos.

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Para nós, fabricantes de implementos utilizados na distribuição de fertilizantes, é importante conhecer todas as opções e tendências do mercado, pois suas características físicas e químicas influenciam o desempenho dos sistemas de distribuição dos equipamentos que desenvolvemos ou estamos planejando lançar.

Podemos por exemplo, pensar na granulometria e capacidade de escoamento como duas características físicas importantes que influenciam o desempenho dos distribuidores de insumos. E estes são diferentes quando comparamos fertilizantes à base de ureia com aqueles à base de nitrato. Estar atento a estas mudanças e preparar máquinas que consigam um desempenho superior para todas as opções de fertilizantes em uso pelo produtor rural deve fazer parte da nossa rotina na indústria.

*Engenheiro Agronônomo e head de marketing do Grupo Piccin

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