Cresce área de soja

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Publicado em 25 de novembro de 2015 às 07h00

Última atualização em 25 de novembro de 2015 às 07h00

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Apostando em produtividade, produtor de milho deve reduzir área da safra de verão

 

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A redução da área plantada de milho verão no Brasil pode chegar a 6,6% em relação à primeira safra do grão 2014/15, o que representa 5,6 milhões de hectares a menos. A estimativa é da Informa Economics FNP. O analista Aedson Pereira acredita que o produtor deve investir menos na safra de verão, principalmente no Sul do País.

O Rio Grande do Sul tem esboçado uma queda de 10% na área de milho verão, entretanto, apostando na produtividade, pois é com base nela que as margens de lucro sobem.

Para a soja, as projeções indicam um aumento de 4,1% de área plantada no ciclo 2015/16 em relação à safra anterior, crescimento considerado tímido em relação aos últimos anos. “Seria um incremento de 1,1 milhão de hectares acima dos 31,9 milhões plantados nesse ano. É um crescimento modesto. Nos últimos anos, o Brasil cresceu na casa de 2,5 milhões de hectares. Foram mais expressivos, uma média de 7% ao ano“, afirma.

Crédito Miriam Lins
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Por quê?

Os produtores de milho estão reduzindo a área na safra de verão e optando por plantio de soja, visando a segunda safra de milho. Para o engenheiro agrônomo e consultor da Cia. da Terra, Hercílio Netto, as perspectivas são boas: “apesar da safra americana sinalizada em 344 milhões de toneladas, o câmbio favorável está permitindo ao Brasil escoar um volume recorde de milho, inclusive com exportações para o Estados Unidos“, aponta.

Tendência

O avanço da genética das sojas precoces e superprecoces tem possibilitado ao produtor ganhos sucessivos de produtividade com redução do custo de produção da lavoura. Aliado a isso, diz o especialista, o alongamento do período de chuvas, em detrimento do início das chuvas, transformaram a safrinha numa excelente oportunidade de ganho e aumento do retorno sobre o capital.

“A redução da área de milho na safra de verão se deve ao fato dos produtores estarem fazendo não mais a rotação, e sim uma sucessão de culturas com o milho em segunda safra. Nessa situação, talvez a maior vantagem seja a redução do exposto financeiro na primeira safra, posto que a soja tem um custo operacional menor que o milho“, avalia Netto.

Brasil afora

É possível planejar uma safrinha de milho quando o plantio da soja ocorre até o dia 05 de novembro com uma soja superprecoce, ciclo de até 105 dias. A partir daí, o consultor recomenda que sejam considerados outros fatores, como redução de investimento ou integração da produção deste milho.

“Para um bom planejamento considero que os plantios até 05 de fevereiro, impossível para este ano, devem ter um alto nível de investimento, reduzindo gradativamente, até dia 15 de março, quando o plantio passa a ser uma roleta russa“, pontua Hercílio Netto, colocando este como um caminho sem volta.

Com tal mudança, os produtores têm alcançado aumento real de produtividade, principalmente com a adubação de sistema.

Plantio de soja atinge 31% da área prevista

O plantio de soja 2015/16 no Brasil atingiu, no final de outubro, 31% da área prevista, segundo levantamento da AgRural. Em igual período do ano passado, 29% da área estava semeada. Já a média dos últimos cinco anos é de 42% para esta mesma época.

A chuva, tão esperada pelos produtores, voltou a ser registrada apenas em parte do Centro-Oeste e Sudeste. O período foi de trabalho acelerado em áreas de receberam umidade. Porém, em pontos específicos de Goiás e Mato Grosso, apenas pancadas esparsas foram registradas, o que não é suficiente para normalizar a situação, segundo afirma a AgRural.

Em Goiás, 21% da área foi plantada, mesmo percentual de 2014, mas abaixo dos 53% da média de cinco anos. Em Mato Grosso, 36% da área está plantada. Apesar do avanço de 17 pontos, o Estado permanece atrás dos 66% da média. Por lá, as chuvas continuam irregulares na porção leste e norte, diz a consultoria.

No ano passado, nessa época, 20% da safra de soja estava semeada em Mato Grosso. Já em Mato Grosso do Sul, a AgRural destaca trabalhos ‘acelerados’, com 56% das lavouras semeadas.

No Paraná, o índice está em 68%, e no Rio Grande do Sul, em 11%, quatro pontos atrás da média.

Minas Gerais tem 4% da área plantada, contra 19% da média. Em São Paulo, 28% da área da oleaginosa está cultivada. Na Bahia, conforme divulgou a AgRural, o plantio ainda é pontual e limitado a áreas irrigadas ou em talhões com umidade ” 4% da área está semeada.

Em Tocantins e no Maranhão, onde no ano passado já tinha semente no solo, o produtor aguarda melhores condições.

Essa matéria você encontra na edição de novembro 2015 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

 

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