Controle de pragas e doenças do café

O Brasil é o maior produtor e exportador de café no mundo e a temporada 2020/2021 ...

Publicado em 18 de fevereiro de 2021 às 10h29

Última atualização em 18 de fevereiro de 2021 às 10h29

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Florada do café – Crédito: shutterstock

O Brasil é o maior produtor e exportador de café no mundo e a temporada 2020/2021 deve ser volumosa para os agricultores. Segundo a estimativa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP, o País pode somar mais de 60 milhões de sacas na safra deste ano. Entretanto, para que o cultivo do café continue crescendo com qualidade, os cafeicultores têm um grande desafio: combater as pragas e doenças que ameaçam cada vez mais a produtividade da lavoura, como o bicho-mineiro-do-café, a ferrugem-do-cafeeiro e a cigarra-do-cafeeiro.

Uma das principais pragas da cultura do café, o bicho-mineiro pode dar prejuízos em mais de 70% da plantação, dependendo da intensidade da infestação e da desfolha provocada. O bicho-mineiro é uma pequena mariposa de cor branco-prateada que se instala nas folhas dos cafeeiros e ataca, principalmente, regiões quentes, como Cerrado, norte de Minas Gerais e Bahia. A praga provoca redução da área fotossintética por meio de abertura de minas, levando a queda das folhas afetando diretamente na produtividade da lavoura.

Outro inseto que afeta a produção de café é a cigarra, que torna a plantação inviável, pois o aumento de sua população ocasiona drástica diminuição da capacidade produtiva. Esta praga faz com que as plantas percam as folhas, flores e frutos precocemente. Quando os ataques são mais agressivos, a extremidade dos ramos pode secar e levar até a morte da planta.

Além do bicho-mineiro e da cigarra, outra detratora do cafezal é a ferrugem, doença extremamente danosa que ocasiona, inicialmente, manchas foliares e, posteriormente, tornam-se necroses, resultando também na queda precoce das folhas. A ferrugem reduz significativamente a produção da lavoura, tanto no ano de sua ocorrência, devido à desfolha drástica, quanto nas próximas safras.

Saber como realizar o controle correto dessas pragas e doença é fundamental para preservar a produtividade no campo. “Para combater o bicho-mineiro, por exemplo, indicamos aplicar inseticida foliares quando a porcentagem de folhas atacadas nos terços médios e superiores dos cafeeiros estiverem entre 5% e 10%, em épocas chuvosas e regiões de baixa ocorrência e de 3 a 5% em épocas secas e regiões mais castigadas pela praga”, explica Marcos Vilhena, Gerente de Produtos Inseticidas da IHARA.

Vilhena reforça ainda que a aplicação de inseticidas de ação sistêmica via solo, a recomendação é utilizá-lo preventivamente para evitar o ataque desses detratores e deve ser feito no início do período de chuvas, uma vez que necessitam da umidade para que as raízes das plantas o absorvam e tenha uma resposta mais efetiva no controle preventivo.

Outro ponto importante é o agricultor estar atento aos lançamentos de soluções que controlam de forma eficiente esses inimigos da cultura do café. Tendo em vista esses problemas na produção de café, a IHARA, empresa de pesquisa e desenvolvimento especializada em defensivos agrícolas, lançou recentemente o Spirit SC , desenvolvido com uma molécula inédita e exclusiva no Brasil. Esta solução é um inseticida e também fungicida, de aplicação via solo de alta sistemicidade e maior residual. Durante estudos, a aplicação de 2,0l/ha desse novo produto resultou em uma eficiência de 89% dos 7 aos 120 DAA. Além de proteger o cafezal contra o bicho-mineiro, o Spirit SC também combate a ferrugem e a cigarra do café, agregando valor em todo o ciclo produtivo.

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