Controle da corda-de-viola em lavouras cafeeiras

Foto Luize Hess

Publicado em 18 de dezembro de 2016 às 07h26

Última atualização em 18 de dezembro de 2016 às 07h26

Acompanhe tudo sobre Água, Café, Colheita, Germinação, Glifosato, Herbicida, Queima, Queimada e muito mais!

Arthur Henrique Cruvinel Carneiro

Técnico em Agricultura e Zootecnia, graduando em Agronomia na Universidade Federal de Lavras (UFLA), membro do Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia (GHPD)e do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (NECAF)

arthurhcruvinel@hotmail.com

Rafael Jorge Almeida Rodrigues

Engenheiro agrônomo, consultor em cafeicultura, mestrando em Fitotecnia UFLA e membro do GHPD

Foto Luize Hess
Foto Luize Hess

A erva corda-de-viola (Ipomoeasp) sobe nas plantas de café, onde causa duplo prejuízo. Ela cresce competindo em água e nutrientes, como as demais e, ainda, compete por luz, pois sua copa se desenvolve sobre o cafeeiro e chega a encobrir toda a planta, tirando-lhe a luz e, como consequência, reduz sua fotossíntese. Ela prejudica, também, por atrapalhar as pulverizações via foliar e os trabalhos de colheita, principalmente se esta for mecanizada.

Quanto ao manejo da corda-de-viola, a melhor estratégia é o controle antecipado, no início das águas, quando as ervas têm tamanho pequeno e ainda não subiram nas plantas de café. Para isso, deve-se utilizar herbicida adequado, podendo ser uma aplicação sequencial (três semanas após a primeira) de glifosato ou usar, com cuidado, herbicida à base de 2,4-D.

Herbicidas novos, como o Flumizin, Aurora, Ally e outros à base de Clorimuron, também vêm mostrando bons resultados, podendo ser associados, de acordo com a necessidade, ao glifosato.

As ervas, especialmente as que se desenvolvem entre as plantas de café, ao escaparem do controle, quando ainda jovens, devem ser controladas com repasses manuais, arrancando o mais cedo possível aquelas que subiram nos cafeeiros, evitando que produzam sementes. Com ervas já cobrindo os cafeeiros, fazer apenas o arranquio, sem tirá-las, pois como já se encontram sombreando as folhas de café estas poderão ser queimadas pelo sol, além de na retirada poderem derrubar frutos de café dos ramos.

A adaptação de hastes laterais em roçadeiras, e de bicos que joguem herbicida mais debaixo da saia do cafeeiro, reduz o trabalho do repasse manual.

Por ser uma planta herbácea trepadeira que pode atingir até três metros de comprimento, de fácil adaptação a qualquer tipo de solo, sendo encontrada em todas as regiões do Brasil.

Após a constatação da presença na lavoura cafeeira, o produtor deverá se atentar para uma correta identificação de qual espécie de corda-de-viola se trata.

Manejo eficiente, passo a passo

Um manejo eficiente da corda-de-viola preconiza a prevenção da produção de sementes, contribuindo para a redução do fluxo de emergência e da pressão de infestações.

O controle químico, principalmente quando aplicado no início do período chuvoso (período de maior germinação e emergência de plantas daninhas) é a estratégia mais eficaz de manejo.

O momento de aplicação, quando as plantas de corda-de-viola se encontram em estádios mais precoces de desenvolvimento e que não subiram nos cafeeiros, favorece o sucesso do controle desta espécie, pois aumenta o número de herbicidas disponíveis e possibilita utilizar doses menores, sem comprometer a eficiência.

Para esta situação, uma aplicação, ou se necessário uma segunda (20 dias após a primeira) de glifosato isolado e/ou em associação com um destes herbicidas (flumioxazina, metsulfuron-metílico, carfentrazona-etílica e clorimuron-etílico) tem apresentando bons resultados. Outra alternativa é a utilização de 2,4-D em aplicação criteriosa por jato dirigido nas entrelinhas do café.

Essa matéria você encontra na edição de dezembro 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

 

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