Como atingir altas produtividades no algodão

Crédito Saulo Alves

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 11h29

Última atualização em 11 de dezembro de 2018 às 11h29

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Crédito Saulo Alves

A produtividade da cotonicultura brasileira evolui ano após ano, ajudando o País a se manter entre os cinco maiores produtores mundiais, com 2,0 milhões de toneladas, ao lado de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. “O Brasil tem figurado também entre os maiores exportadores mundiais, com mais de 1,0 milhão de toneladas. O cenário interno também é positivo e o País está entre os maiores consumidores mundiais de algodão em pluma“, explica Wladimir Chaga, presidente da Brandt do Brasil, subsidiária da norte-americana Brandt, uma das maiores fornecedoras mundiais de especialidades para a agricultura.

“O algodão é uma das culturas que mais gera rentabilidade econômica aos produtores do oeste da Bahia. A região de São Desidério, por exemplo, já obteve o maior Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário do País, com cerca de R$ 1,8 bilhão, segundo o IBGE. Atualmente, a região é responsável por 96% da produção de algodão da Bahia, que é o segundo maior produtor da fibra no Brasil, atrás somente do Mato Grosso“, informa Chaga.

Sendo uma cultura muito produtiva em altas temperaturas, Bahia, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul são os líderes na produção nacional do algodão em pluma. De acordo com o representante técnico de vendas da Brandt, Eliezer Santana, a qualidade da fibra é definida 80% por genética e 20% pelo clima. “Neste ano, a qualidade da fibra colhida no oeste da Bahia foi superior, atingindo o nível mais alto na escala de avaliação da qualidade de fibra: 4.1. Vivenciamos períodos mais ensolarados e com chuvas espaçadas, que não passaram de 1.100 milímetros. O clima propício foi determinante para o Estado atingir recorde de produtividade“, destaca Santana.

 

Soluções

 

A Brandt do Brasil está presente há dois anos nos Estados da Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e já colhe resultados excepcionais em relação à produtividade do algodão nesses Estados. Com o mesmo investimento por hectare e utilizando a mesma quantidade de nutrientes, produtores chegam a colher até 17% a mais de algodão em relação a tratamentos anteriormente utilizados nas propriedades. Um dos motivos é que a cultura precisa do elemento químico boro, que deve estar presente não só na planta, mas ser capaz de se translocar para as estruturas de reprodução como o pólen da flor do algodoeiro.

“Poucos produtos são capazes de dar essa mobilidade ao boro na planta a ponto de conseguir chegar a essas estruturas de reprodução, principalmente no pólen. Com o uso da tecnologia Brandt Manni-Plex B-Moly conseguimos suprir essa necessidade nutricional, detectada por meio de avaliação visual e técnica com análise de folha. Já tínhamos histórico de bons resultados nos Estados Unidos e sabíamos que era questão de tempo para colher esses resultados aqui no Brasil“, diz Antonio Coutinho, diretor de inovação da Brandt do Brasil.

“O capulho é o fruto do algodoeiro. Para se obter boa produtividade é necessário que mais flores se transformem em capulhos de algodão, e para isso precisamos reduzir a taxa de abortamento das flores. Observamos, em algumas propriedades rurais que utilizaram nossas tecnologias, um incremento na taxa de fecundação em torno de 28% a mais em relação à média geral. Com isso, estamos obtendo um aumento de produtividade por hectare muito satisfatório, originando um case de sucesso, em que no manejo padrão foram colhidas 368 @, utilizando-se as tecnologias Brandt. A produtividade saltou para 421 @, ou seja, um incremento de 53 @/ha a mais“, assegura Samuel Guerreiro, diretor técnico da Brandt do Brasil.

 

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