Análise econômica do sistema soja – milho safrinha

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Publicado em 27 de julho de 2015 às 19h00

Última atualização em 27 de julho de 2015 às 19h00

Acompanhe tudo sobre Adubação, Água, Braquiária, Colheita, Defensivo, Maquinário, Milho safrinha, Rentabilidade, Safrinha, Silagem, Tratamento de semente e muito mais!

Raphael Maia Aveiro Cessa

Professor e pesquisador da área de Agronomia ” Confresa (MT)

 raphael.cessa@cfs.ifmt.edu.br

Elmo Pontes de Melo

Professor e pesquisador do Centro Universitário da Grande Dourados

elmo.melo@cientificams.com

Miashyro Fortes de Sousa

Djone Mingori Perin

Eduardo Dias de Araújo

Acadêmicos de graduação do Instituto Federal de Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso ” campus Confresa

 

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Confresa é o município mais populoso da região denominada Araguaia-Xingu, inserido a noroeste do Estado de Mato Grosso, com 24.293 habitantes, permanecendo 34,80% na zona urbana e 65,20% na zona rural. Cresce acima da média nacional no cultivo de soja e milho de forma integrada com a pecuária.

Problemas logísticos, como preços de frete, rodovias e estradas inacabadas e/ou em péssimo estado de conservação, baixa fertilidade dos solos ocupados por anos com pastagens sem aporte de corretivos e fertilizantes e falta de estruturas armazenadoras de produção influenciam os componentes dos custos de produção.

Sucessão

O crescimento de áreas agrícolas cultivadas em sucessão com soja e milho na Confresa demanda estudos econômicos para que agricultores possam entender de forma mais concisa os fatores técnicos e econômicos que influenciam a participação quantitativa dos componentes do custo de produção nesse sistema agrícola.

O trabalho foi conduzido no campo agrícola do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso”campus Confresa, com intuito de analisar economicamente o sistema agrícola soja-milho “safrinha”.

Quanto custa?

Para obtenção dos valores financeiros médios da cultura da soja cultivaram-se três variedades na data 06/11/2014, com estande final de 13, 17 e 11 plantas m-1. A adubação total da soja foi constituída em kg ha-1 de 32N -113P2O5 – 65K2O “posicionada“ inteiramente na linha de semeadura por meio da adição de 814,00 kg ha-1 04-14-08 + 0,2% Zn. O ciclo completo de desenvolvimento das variedades de soja foi compreendido entre 100 e 112 dias.

Os valores financeiros do milho “safrinha“ foram obtidos cultivando-se duas variedades nas datas 27/02/2015 e 06/03/2015. A primeira foi cultivada em sucessão à soja, constatando-se população final de plantas de 3,1 m-1, ou sobre pastagem de braquiária dessecada, constatando-se população final de plantas de 3,7 m-1, recebendo ambas as áreas na semeadura 560 kg ha-1 de 04-14-08 + 0,2% Zn.

A outra variedade de milho (segunda data de semeadura) foi cultivada recebendo apenas uma cobertura com ureia, em área previamente cultivada com milho para ensilagem. Nessa área a população final de plantas foi de 3,1 m-1. O ciclo completo de desenvolvimento das variedades de milho foi compreendido entre 115 e 117 dias.

Foram avaliados os custos de produção e produtividade dos grãos à umidade de 14%, possibilitando a obtenção dos valores médios do sistema agrícola: ponto de nivelamento, lucratividade, rentabilidade e ganho líquido do investimento.

A sucessão de soja e milho nas lavouras tem garantido maior rentabilidade aos produtores - Crédito Luize Hess
A sucessão de soja e milho nas lavouras tem garantido maior rentabilidade aos produtores – Crédito Luize Hess

Avaliação

Considerando os componentes: semente, tratamento de semente, fertilizante, agrotóxico, mão de obra, combustível, colheita e depreciação de maquinários no custo de produção de soja safra 2014/15 fornecidos pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), constatou-se custo de R$ 1.644,32, com participação percentual dos componentes fertilizante (33,35%), agrotóxico (39,94%) e semente (11,49%), totalizando 84,78%.

Na safra 2014/15 os agrotóxicos agrícolas estiveram 60,4% mais caros que na safra 2013/14, o que elevou em 8,58% o custo final de produção por hectare em Mato Grosso. Do volume total gasto – considerando um maior número de componentes no custo de produção da soja – 63,2% equivaleu a custos com insumos (fertilizantes, defensivos e sementes), sendo a alta do dólar em 2014 o principal fator para tal resultado, bem como a elevação do combustível, o qual influencia o custo da logística de insumos e colheita.

Próximo à figura 01 - Crédito Miriam Lins
Crédito Miriam Lins

Trabalho

No presente trabalho fertilizante, agrotóxico e semente totalizaram aproximadamente 85% nos custo de produção da soja. Quanto ao fertilizante, houve necessidade de elevação dos teores dos nutrientes no solo para cultivo da soja em área recém “aberta“, a qual recai sobre o seu preço balizado pelo dólar em alta e seus custos de entrega em Confresa associados à elevação do combustível.

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