Algodão brasileiro é destaque na ICA

O algodão brasileiro é visto no mercado internacional com o mesmo nível de qualidade de seus principais concorrentes (Estados Unidos e Austrália).
Cândido Martins Simões Coelho, gerente de vendas da Guarany - Fotos Fransérgio Leão
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O algodão brasileiro é visto no mercado internacional com o mesmo nível de qualidade de seus principais concorrentes (Estados Unidos e Austrália). É o que os participantes do evento anual da International Cotton Association (ICA) demonstraram durante os três dias do congresso realizado, nesta semana, em Las Vegas (EUA). 

Uma comitiva de 12 produtores rurais de vários estados brasileiros participou do painel “Regional Forum: Brazil” na terça (08), coordenado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). 

“Pela primeira vez na história do evento, o Brasil teve a oportunidade de mostrar tudo o que temos feito e evoluído, nas últimas décadas, tanto na parte de produção – nos tornando o quarto maior produtor de algodão e o segundo maior exportador mundial – como em qualidade”, analisou Júlio Busato, presidente da Abrapa. 

Busato reforçou o esforço dos produtores rurais e suas associações para produzirem com qualidade garantida, checada pelo programa Standard Brasil (SBRHVI), da Abrapa, e com rastreabilidade, por meio do Sistema Abrapa de Identificação (SAI). “O SAI existe há 19 anos e é, sem dúvida, um programa de rastreabilidade efetivo que consegue identificar onde e por quem cada fardo de algodão foi produzido e beneficiado”, explicou. 

Além disso, os cotonicultores brasileiros mostraram o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que engloba os três pilares da sustentabilidade: econômico, social e ambiental. 

“Fomos muito parabenizados pelos colegas da cadeia do algodão de todas as partes no mundo. A maioria não conhecia o nível de excelência com que o Brasil está produzindo a fibra, com trabalho, dedicação e resultados muito positivos”, frisou Busato.  

O presidente destacou a união dos cotonicultores por meio das entidades estaduais, coordenadas pela Abrapa, e o Cotton Brazil. “É um programa que está fazendo uma diferença enorme nesta divulgação do nosso algodão”, afirmou. 

O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, apontou que a sustentabilidade e a rastreabilidade ganham importância cada vez maior no cenário internacional. 

“Foram diversos os ‘insights’ que recebemos durante este evento. O algodão é a fibra preferida dos consumidores em relação à sustentabilidade, ao conforto e à qualidade. Porém, é grande a concorrência com as fibras artificiais. Nosso foco é aumentar o market share”, observa.

Segundo Duarte, a cada 1 ponto percentual de market share que o algodão ganhar no mercado global de fibras, 1,2 milhão de toneladas a mais serão demandadas.    

Nos dias 9 e 10, a Abrapa realizou rodadas de negócios com a presença de produtores e traders que negociam o algodão brasileiro. Além da comitiva de produtores do Brasil, participou do evento o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus.

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