Adubos verdes: Mais matéria orgânica para o solo

Adubação verde (mucuna-cinza) -Crédito José Antonio Espindola

Publicado em 17 de junho de 2014 às 16h40

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 16h14

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Adubação verde (mucuna-cinza) -Crédito José Antonio Espindola
Adubação verde (mucuna-cinza) -Crédito José Antonio Espindola

A prática da adubação verde adiciona, ao solo, resíduos vegetais que, ao sofrerem decomposição, transformam-se em matéria orgânica capaz de promover a agregação de partículas do solo. Esse processo é particularmente relevante para as áreas cultivadas, pois favorece o aumento da porosidade, promovendo a infiltração de água e a aeração do solo, o que proporciona maior desenvolvimento das raízes das culturas vegetais. Na medida em que isso ocorre, explica José Antonio Azevedo Espindola, pesquisador da Embrapa Agrobiologia, também se reduz o processo de erosão do solo, diminuindo as perdas de solo e de nutrientes. Os adubos verdes  Um grupo de plantas muito recomendado para a adubação verde é o das leguminosas, as quais são capazes de aproveitar o nitrogênio do ar por meio da simbiose com bactérias conhecidas como fixadoras de nitrogênio. “Trata-se de uma parceria em que as bactérias retiram o nitrogênio do ar e o disponibilizam para as leguminosas, enquanto estas produzem compostos por meio da fotossíntese e os repassam para as bactérias. Dentre as leguminosas disponíveis no mercado, destacam-se as anuais (como crotalária, mucuna preta, feijão-de-porco e guandu) e as perenes (como amendoim forrageiro, cudzu tropical e siratro)“, exemplifica José Antonio. Ainda segundo o pesquisador, as leguminosas anuais podem ser empregadas em sucessão ou consórcio com culturas anuais ou perenes, enquanto as leguminosas perenes são uma boa opção para o consórcio com culturas perenes. Outras plantas também apresentam potencial para a adubação verde, como milheto, sorgo, girassol e nabo forrageiro.

Benefícios Quando se empregam leguminosas, o principal benefício diz respeito ao fornecimento de nitrogênio para outras culturas consorciadas ou em sucessão. Os adubos verdes também são capazes de absorver outros nutrientes em camadas profundas do solo, promovendo sua ciclagem quando tais plantas são cortadas e adicionadas ao terreno. Outros benefícios revelados em pesquisas são: controle da erosão do solo, favorecimento de organismos benéficos e controle de alguns fitopatógenos e plantas espontâneas. Diante disso, José Antonio diz que a adubação verde pode ser empregada em diferentes modalidades:

  • Adubação verde no período das águas, em sucessão com a cultura principal: a semeadura dos adubos verdes é feita no início da estação chuvosa. A ocorrência de chuvas tende a promover maior produção de massa vegetal.
  • Adubação verde no período de estiagem, em sucessão com a cultura principal: a semeadura dos adubos verdes é feita no início da estação seca. O cultivo dessas plantas permite a proteção de áreas que não são cultivadas nesse período, além de diminuir a infestação do solo por plantas espontâneas.
  • Adubação verde consorciada com culturas anuais: o adubo verde é semeado nas entrelinhas da cultura principal. Mostra-se particularmente interessante em propriedades de tamanho reduzido, permitindo melhor aproveitamento de recursos como água, luz e nutrientes.
  • Adubação verde consorciada com culturas perenes: o adubo verde é semeado entre as fileiras de culturas perenes. É preciso ter cuidado especial no emprego de leguminosas de hábito volúvel, que tendem a subir nas espécies consorciadas. Nesse caso, deve-se fazer o coroamento daquelas espécies.

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