Clima aumenta estresse nas plantas

Fenômeno El Niño desencadeou chuvas intensas e altas temperaturas, afetando o desenvolvimento das mais diversas culturas agrícolas no país.
Soy plants, close up

Publicado em 10 de janeiro de 2024 às 13h33

Última atualização em 10 de janeiro de 2024 às 13h33

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A chegada do El Niño, especialmente a partir do segundo semestre, trouxe uma preocupação a mais para os produtores rurais, afinal, os efeitos desse fenômeno climático têm trazido prejuízos de Norte a Sul do Brasil. O calor extremo unido às chuvas irregulares vêm prejudicando o desenvolvimento das lavouras e causando danos a praticamente todas as culturas. “Em estresse, as plantas têm dificuldade de expressar o seu potencial genético em produtividade. E isso pode acontecer já no início do ciclo, prejudicando o seu estabelecimento inicial”, explica o gerente de biológicos da FMC, empresa de ciências para a agricultura, Antônio Soares.

Segundo Soares, as atuais condições climáticas impõem riscos severos às plantações, afetando o desenvolvimento. “As altas temperaturas e a falta de chuvas, cenário que observamos com frequência em Goiás e Mato Grosso, fazem a planta desperdiçar energia protegendo suas estruturas celulares e não conseguindo crescer, diminuindo assim a taxa de fotossíntese”, esclarece.

Para a safra da soja 2023/24, as condições climáticas vêm impondo dificuldades e algumas regiões têm enfrentado eventos de estiagem, com efeitos já esperados na produção final da soja. A expectativa é que as quebras, ou seja, as perdas sejam da ordem de 20%, considerando que ao longo de todo o verão, as temperaturas devem seguir extremamente altas, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
 

Já o artigo científico The physiology of plant responses to drought, publicado pela Science, aponta que a seca por si só causa mais perdas anuais no rendimento das culturas do que todos os patógenos (organismos que podem transmitir doenças) combinados. Na última década, as perdas globais na produção agrícola devido à seca totalizam 30 bilhões de dólares.

Para o gerente de biológicos da FMC, uma das soluções para mitigar o problema está no uso dos chamados biopotencialiadores, que agem no metabolismo celular das plantas. “Esses produtos tornam a fisiologia dos cultivos mais eficiente e atenuam os efeitos prejudiciais de algumas moléculas produzidas pelas plantas quando estão sob estresse. A FMC disponibiliza produtos como o CropEvo®, Seed+® e Seed+CoMo® que cumprem perfeitamente essa função”, explica Antônio Soares.

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