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Brasil é 6º país com mais empresas que divulgam dados ambientais

CDP registra aumento de 62% no número de organizações brasileiras que dão transparências a impactos e iniciativas relacionadas a florestas e segurança hídrica.
Aerial view of Beautiful footage of tropical Rainforest in Amazon,

Publicado em 15 de dezembro de 2023 às 11h03

Última atualização em 15 de dezembro de 2023 às 11h03

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Foto Depositphotos

Com 1.158 empresas participantes, o Brasil é o 6º país com o maior número de organizações reportando dados sobre seus desempenhos ambientais em um total de 127 países. O país fica atrás de Estados Unidos, China, Japão, Reino Unido e Alemanha, segundo o CDP, organização sem fins lucrativos que gerencia o maior sistema de divulgação ambiental do mundo para empresas, cidades, estados e regiões, desde 2015, quando foi assinado o Acordo de Paris.
 

Globalmente, a plataforma do CDP recebeu neste ano informações de um número recorde de mais de 23 mil empresas, 24% a mais do que em 2022. As atuais participantes valem juntas cerca de US$ 67 trilhões, que correspondem a 66% de capitalização de mercado global.
 

“O recorde de participantes atesta a tendência positiva de transparência e responsabilidade corporativa contínuas. Ter dados ambientais consistentes é essencial para acompanhar o progresso em relação às reduções de emissões de gases de efeito estufa e apoiar os tomadores de decisão nos planos de adaptação e transição climática”, explica Rebeca Lima, diretora executiva do CDP Latin America.
 

Na América Latina, houve uma redução de 4% no número de participantes em relação a 2022. Do total de 1.987 empresas que divulgaram seus dados neste ciclo, o Brasil é responsável por 58%, seguido do México com 495 (25%). O número de empresas brasileiras caiu 14%, de 1.351 em 2022 para 1.158 em 2023.
 

“Em parte, a redução se deu por uma maior assertividade das empresas em convidarem fornecedores que são estratégicos para sua cadeia de suprimentos. Mesmo assim, é fundamental que mais investidores e grandes companhias sigam influenciando sua cadeia de valor por uma maior transparência ambiental”, explica Rebeca.
 

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Além disso, as companhias que divulgaram suas informações representam mais de 99% do Índice Bovespa (IBOV), principal índice da Bolsa de Valores brasileira e 96% do Índice Brasil 100 (IBRX100), indicador do desempenho médio das cotações dos 100 ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.
 

Considerando o número de empresas que foram convidadas por investidores signatários do CDP, houve um crescimento de 6% na América Latina, impulsionadas pelo Brasil que registrou aumento de 7% (153 empresas convidadas em 2022 para 165 em 2023), demonstrando um compromisso das instituições financeiras em acessar dados ambientais de qualidade.
 

O setor de serviços foi o que teve o maior número de empresas relatando, com 32% do total de participantes. Em seguida o de manufatura (21%) e serviços de transporte (16%). Os setores com menor representatividade são hospitalidade (0,4%) e vestuário (0,6%).
 

Desmatamento e segurança hídrica ganham visibilidade

Destaca-se o aumento de 62% (29) no número de empresas brasileiras que apresentaram seus impactos e iniciativas relacionadas à floresta. Na América Latina, o aumento foi de 28%, alcançando um total de 189 organizações, das quais 40% (76) são brasileiras, que trouxeram dados relacionados a uso do solo, desmatamento, biodiversidade, rastreabilidade da cadeia de fornecedores, entre outros.
  Em segurança hídrica também houve um amento de 12% na quantidade de empresas que estão dando transparência aos impactos de suas atividades sobre esse tema. Das 701 participantes na América Latina, 55% são empresas brasileiras. Neste tema, são avaliados os riscos hídricos identificados nas operações, as iniciativas e impactos e oportunidades financeiras.

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