Safra de algodão deve crescer 27% em 2023

A estimativa de crescimento é de 27% sobre o volume de 2022, atingindo 3,1 milhões de toneladas.
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Apesar das mudanças climáticas que atingem as regiões produtoras de algodão do Brasil prejudicando a safra, a colheita prevista pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) será maior que a do ano passado e deve aumentar 27% na safra futura de 2022/2023.

A estimativa para 2022 era que esse número ficasse ainda maior. A projeção no início do ano era de 2,8 milhões de toneladas para a safra 2021/22. Em junho, os analistas da Abrapa reduziram a expectativa para 2,6 milhões de toneladas e, agora avaliam em 2,5 milhões.

Mesmo com essa queda, o volume de pluma da colheita será maior do que os 2,36 milhões registrados na safra passada.

Tendência

Para a safra 2022/23, que começou globalmente em agosto, mas no Brasil foi plantada em novembro, a estimativa é ainda melhor com perspectivas de crescimento de 27% sobre o volume deste ano atingindo 3,1 milhões de toneladas.

Os dados, divulgados em reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, se baseiam em cálculos estimados pelas nove estaduais associadas à Abrapa.

“Por questões climáticas, as lavouras do País foram impactadas e a produção oscilou para baixo. Mesmo assim teremos volumes para atender o mercado”, explicou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, se referindo aos extremos que trouxeram chuvas excessivas ou seca nas regiões produtoras.

O setor têxtil brasileiro, um dos maiores players do mercado de algodão, também registrou queda na produção. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, o setor teve retração de 14,1% no acumulado dos últimos 12 meses.

Entre janeiro e julho deste ano, no comparativo a igual período de 2021, a queda foi de 14,6%. Para 2023, porém, a expectativa é de “ligeira” recuperação, com crescimento na produção de 1,9% e 0,9% em vendas internas.

Exportação

Os embarques de algodão 2021/2022 fecharam em 1,72 milhão de toneladas, sendo China, Vietnã e Paquistão os principais destinos. Para o executivo, alguns fatores dificultaram a exportação: o lockdown da China, que segurou a demanda, a inflação mundial, que gerou temor de uma recessão global, a volatilidade do petróleo, que foi a 125 dólares e hoje está em 85 dólares, impactando positivamente os sintéticos, e o custo elevado dos fertilizantes, que aumentou o custo do produtor.

Fonte: SNA e Abrapa

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