Viabilidade da inoculação com azospirillum no milho

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Publicado em 28 de outubro de 2014 às 15h23

Última atualização em 28 de outubro de 2014 às 15h23

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André Luiz Martinez de Oliveira

Doutor em Agronomia, pesquisador e professor da Universidade Estadual de Londrina

almoliva@uel.br

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Apesar da importância da FBN no suprimento de N para os seres vivos, insumos biotecnológicos com base neste processo estão disponíveis somente para algumas culturas, e o uso de fertilizantes nitrogenados industriais ainda constitui a principal forma de fornecimento deste nutriente em sistemas agrícolas.

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Estimativas indicam que a emissão de gases de efeito estufa para a produção, distribuição e aplicação de 1 kg de N-fertilizante corresponde a 4,5 kg de equivalentes de CO2 emitidos na atmosfera.

Esses dados indicam que a substituição de cada kg de N-fertilizante por N-FBN leva à economia energética e ambiental significativa. A cultura da soja é nosso melhor exemplo, em que os inoculantes disponíveis no mercado apresentam um nível de desenvolvimento tão elevado que substituem completamente a aplicação de fertilizantes nitrogenados nesta cultura.

Assim, todas as possibilidades de incremento da FBN na agricultura devem ser exploradas, não somente como alternativa econômica, mas também para garantir a sustentabilidade da atividade agrícola no longo prazo.

Manejo

No Brasil, somente recentemente foram registradas bactérias capazes de realizar a FBN para uso em formulações inoculantes comerciais para as culturas de arroz, milho e trigo, como resultado do trabalho conjunto da Embrapa e de universidades federais.

É possível encontrar diferentes tipos de inoculantes sendo comercializados no Brasil, variando em composição, mas apresentando características que buscam uma elevada eficiência de uso.

As formulações inoculantes comerciais são tratadas com sigilo entre os produtores de inoculantes, embora todas devam estar em conformidade com normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), referente às especificações, garantias, registro, embalagem e rotulagem dos inoculantes destinados à agricultura.

Dentre estas normativas está a necessidade dos inoculantes comercializados no Brasil apresentarem, entre outras informações, instruções sobre conservação, modo de aplicação e especificações de dosagens indicadas no rótulo das embalagens.

No milho

A prática de inoculação na cultura do milho vem sendo adotada de maneira crescente no Brasil - Crédito Shutterstock
A prática de inoculação na cultura do milho vem sendo adotada de maneira crescente no Brasil – Crédito Shutterstock

A prática de inoculação com bactérias diazotróficas na cultura do milho vem sendo adotada de maneira crescente no Brasil como rotina, mesmo considerando o número restrito de microrganismos registrados para a produção de inoculantes comerciais.

As bactérias registradas para uso em formulações inoculantes para a cultura do milho são altamente eficientes no processo de FBN, e podem fornecer grande parte do nitrogênio requerido para o alto desempenho e produtividade desta cultura, possibilitando a diminuição da quantidade de fertilizante nitrogenado aplicado.

No entanto, o uso de inoculantes no milho vem sendo preconizado como uma prática adicional ao manejo tradicional e os inoculantes são utilizados adicionalmente ao uso de fertilizantes nitrogenados.

A variabilidade na resposta dos cultivos agrícolas ao uso de inoculantes é o principal argumento para a sua adoção como prática complementar, e não como uma prática alternativa ao uso de fertilizantes minerais solúveis. Por outro lado, os incrementos na produtividade em decorrência do uso de inoculantes são historicamente maiores quando utilizados em culturas que recebem doses diminuídas de fertilizantes, principalmente dos nitrogenados, e os resultados disponíveis na literatura raramente indicam efeitos aditivos do uso de inoculantes contendo bactérias diazotróficas e a aplicação de doses regulares de fertilizante nitrogenado.

 

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