Mofo branco atinge seis milhões de hectares e causa perdas de até 30%

Apotécio - Crédito Nédio Tormen

Publicado em 20 de junho de 2014 às 12h37

Última atualização em 20 de junho de 2014 às 12h37

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O avanço da doença preocupa os agricultores, que têm relatado dificuldade para controlar a doença

 

Apotécio - Crédito Nédio Tormen
Apotécio – Crédito Nédio Tormen

Escleródio - Crédito Nédio Tormen
Escleródio – Crédito Nédio Tormen

Pétala do feijão infectada por ascósporo - Crédito Nédio Tormen
Pétala do feijão infectada por ascósporo – Crédito Nédio Tormen

Sintoma do mofo branco na haste do feijão - Crédito Nédio Tormen
Sintoma do mofo branco na haste do feijão – Crédito Nédio Tormen

Sintoma do mofo branco na haste da soja - Crédito Nédio Tormen
Sintoma do mofo branco na haste da soja – Crédito Nédio Tormen

De acordo com a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), nada menos que seis milhões de hectares (de um total de 70 milhões de áreas cultivadas) apresentam mofo branco no Brasil. O número aponta que aproximadamente 9% das áreas estão sofrendo com o patógeno, que ataca feijão, soja e algodão em quase todos os estados, com destaque para Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Apesar de 19 fungicidas já estarem registrados apenas para o feijoeiro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o avanço da doença preocupa. Os agricultores relatam dificuldade para controlar a doença, que é causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum.

Regiões mais atacadas

Regiões de altitude elevada (geralmente acima de 800 m), que apresentam temperaturas amenas principalmente durante a noite e que possuem elevada precipitação ou cultivo em áreas irrigadas, são as mais atacadas.

A região oeste da Bahia, a região do Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD/DF) e o município de Cristalina (GO) (que possui o maior PIB agrícola do Brasil) são bons exemplos. Neles, quando o cultivo é realizado em épocas com elevada precipitação ou irrigação, a doença inevitavelmente ocorre.

A disseminação se dá, principalmente, pelas sementes, que podem estar infectadas com o micélio do fungo, ou por meio da contaminação, devido à presença de estruturas de sobrevivência denominadas de escleródios.

Na ausência de hospedeiro suscetível, o fungo pode persistir por um longo período no solo por meio das suas estruturas de resistência (escleródios), caracterizadas pela sua dureza e coloração escura, com forma semelhante a fezes de rato, que sobrevivem imersos no solo por um período médio de cinco anos ou mais, podendo chegar até 10 anos.

Como diagnosticar a doença

Os sintomas iniciais da doença são lesões encharcadas nas folhas ou qualquer outro tecido da parte aérea que normalmente tenha tido contato com as flores infectadas. As lesões espalham-se rapidamente para as hastes, ramos e vagens. Nos tecidos infectados aparece uma eflorescência branca que lembra algodão, constituindo os sinais característicos da doença.

Até a cultura chegar ao florescimneto, dificilmente a doença torna-se importante. Após este período, a doença é disseminada rapidamente porque a flor é fonte primária de energia, servindo de alimento para o fungo iniciar novas infecções.

Quando a cultura é colhida, os escleródios formados nos tecidos vegetais podem cair ao solo e novamente tornarem-se fonte de inóculo para a cultura subsequente e irem assim se multiplicando sucessivamente, enquanto houver plantas hospedeiras.

 
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