Unifran – Soluções no combate as pragas dos cafezais

A Universidade de Franca (Unifran), instituição que pertence à Cruzeiro do Sul Educacional, divulga ...
Café - Fotos: Shutterstock

Publicado em 12 de novembro de 2021 às 10h19

Última atualização em 12 de novembro de 2021 às 10h19

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Café – Fotos: Shutterstock

A Universidade de Franca (Unifran), instituição que pertence à Cruzeiro do Sul Educacional, divulga pesquisa que aponta soluções para o manejo das culturas de café e combate às infestações das principais pragas que ocorrem nesta cultura.
O estudo é conduzido pela professora e pesquisadora Dra. Alessandra Marieli Vacari, do programa de pós-graduação em Ciências e Ciência Animal da Instituição, e alunos de graduação, todos bolsistas de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
O alvo do estudo é o bicho-mineiro (Leucoptera coffeella), que provoca injúrias nas folhas (minas) e, por consequência, a capacidade dos cafezais de realizarem a fotossíntese, diminuindo sua longevidade e prejudicando a sobrevivência das plantas. Uma infestação severa pode reduzir a capacidade produtiva de um cafezal em até 70%, segundo estudo publicado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
O projeto, que teve início em 2020, iniciou testes com crisopídeos (Neuroptera: Chrysopidae), insetos verdes e voadores, popularmente conhecidos como bicho-lixeiro, em busca de uma alternativa ecológica e sustentável para atuar no controle integrado de pragas do café. Os pesquisadores estão produzindo os bichos-lixeiros em laboratório para analisar seu comportamento predatório e reprodutivo em campo.
“Nossa pesquisa interessa principalmente aos produtores de cafés especiais, que precisam adotar o manejo integrado das pragas como critério de certificação, e aos cafeicultores orgânicos, que não podem usar inseticidas químicos sintéticos nem acaricidas no controle de pragas”, explica Alessandra Marieli Vacari.

Como funciona

Três espécies de crisopídeos estão sendo reproduzidas em ambiente controlado na instituição e quando os ovos estão prestes a eclodir, eles são liberados em campo e observados nas fases de larva, pupa e adulta. Os hábitos alimentares e de colonização dos crisopídeos são monitorados fora da universidade, com produtores locais interessados. A pesquisa conta com o apoio da FAPESP (processo 2019/18376-3).
“Com o aumento da demanda mundial de café orgânico e também de cafés especiais, o apoio da FAPESP é fundamental nessa pesquisa, que visa colaborar para que os cafeicultores controlem de forma eficiente as pragas, em especial o bicho-mineiro, tendo assim uma nova estratégia de controle desta espécie, que é uma das principais pragas da cultura do café”, evidencia.

Uma aplicação prática do controle com crisopídeos

A Fazenda Bom Jardim, em Franca (SP), iniciou em 2016 o processo de transição de um plantio tradicional do café, com uso de químicos e pesticidas convencionais para o manejo orgânico.
De acordo com um dos proprietários da fazenda, os índices de infestação de bicho-mineiro, que estavam em torno de 65%, caíram para algo próximo de 10% após quatro liberações dos crisopídeos.

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