Manejo nutricional foliar do feijoeiro

Bio Soja - Crédito Cristiano Soares de Oliveira

Publicado em 31 de março de 2015 às 07h00

Última atualização em 31 de março de 2015 às 07h00

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Daniela Vitti

Coordenadora técnica Brasil

Maickon Fernando Balator

Coordenador técnico Brasil

Renato Passos Brandão

Gestor agronômico

Marcelo Ferreira

Trainee do Deptº Agronômico

 

Bio Soja  - Crédito Cristiano Soares de Oliveira
Bio Soja – Crédito Cristiano Soares de Oliveira

A aplicação adequada de fertilizantes pode ser considerada uma das estratégias para aumentar a produtividade e a eficiência no uso dos mesmos. A resposta da aplicação de fertilizantes difere de acordo com o solo e o cultivo a ser adubado.

Recentemente, as pesquisas relacionaram o papel dos micronutrientes com a eficiência no uso de água por meio do aumento da resistência ao estresse hídrico e outros tipos de estresses, fator de extrema importância nas atuais mudanças climáticas.

Desta forma, o conhecimento das épocas adequadas de uso de determinados micronutrientes, nas fontes e doses adequadas, garantirá ao feijoeiro o funcionamento pleno de seu metabolismo, levando-o a atingir a produtividade máxima.

Bio-Soja-O-manejo-nutricional-melhora-a-germinação-e-a-uniformidade-de-estande-Crédito-Nilton-Jaime
Bio-Soja-O-manejo-nutricional-melhora-a-germinação-e-a-uniformidade-de-estande-Crédito-Nilton-Jaime

Aplicação foliar

A aplicação foliar é considerada o melhor método para a aplicação dos micronutrientes, tanto para a correção de deficiências quanto para o rápido fornecimento destes fundamentais elementos.

Para a maioria das leguminosas (família Fabaceae), o período de enchimento de grãos pode ser considerado o estádio mais crítico, podendo conduzir à consideráveis perdas na produtividade.

A forma de aplicação foliar é mais efetiva quando as raízes são incapazes de absorver as quantidades necessárias de nutrientes do solo devido a algumas razões, como alto grau de fixação, falta de umidade no solo, perdas por lixiviação e baixa temperatura do solo. Como o ciclo do feijão é curto, de 65 a 110 dias, a rápida correção de possíveis deficiências nutricionais, além da aplicação de micronutrientes nas épocas onde a demanda é maior para aquela fase específica da cultura, são fatores fundamentais para se garantir a máxima expressão do potencial produtivo.

Além disso, o feijoeiro é uma planta exigente do ponto de vista nutricional, sensível a fatores climáticos extremos, a pragas e doenças; sendo considerado, também, uma espécie com pouca tolerância a estresses hídricos severos, além da própria arquitetura da planta ser deficiente, apresentando um sistema radicular limitado.

Bio Soja - As aplicações foliares feitas no início do florescimento reduzema queda dos botões - Crédito Shutterstock
Bio Soja – As aplicações foliares feitas no início do florescimento reduzema queda dos botões – Crédito Shutterstock

Pesquisas

Em ensaios com a adubação foliar feita por aplicações de NPK + micronutrientes quelatizados, verificou-se aumento na produção de feijão da ordem de 24% quando em ausência de adubação radicular (solo).

Nas aplicações foliares feitas no início do florescimento, os nutrientes mostram-se capazes de reduzir a queda dos botões florais. Ao repetir-se a aplicação 2-3 semanas depois, houve o desenvolvimento de todas as sementes da vagem. O feijão responde muito bem ao zinco, cálcio, boro, manganês, molibdênio e ao nitrogênio, quando aplicado via foliar.

Necessidades nutricionais do cultivo

Nas tabelas seguintes são demonstrados os níveis adequados de nutrientes nas folhas e as quantidades de macro e micronutrientes exigidos para a produção de uma tonelada de grãos.

Tabela 1. Interpretação dos teores dos nutrientes nas folhas do feijoeiro

Nutrientes

Níveis dos nutrientes no feijoeiro
Baixo Adequado Excessivo
Macronutrientes

————g/kg———–

Nitrogênio (N)

<28

28 a 60

>60

Fósforo (P)

<2

2 a 5

>5

Potássio (K)

<18

18 a 25

>25

Cálcio (Ca)

<10

10 a 30

>30

Magnésio (Mg)

<2,5

2,5 a 7

>7

Enxofre (S)

<2

2 a 10

>10

Micronutrientes

————g/kg———–

Boro (B)

<15

15 a 60

>60

Cobre (Cu)

<4

4 a 20

>20

Ferro (Fe)

<40

40 a 450

>450

Manganês (Mn)

<15

15 a 300

>300

Molibdênio (Mo)

<0,4

0,4 a 1,5

>1,5

Zinco (Zn)

<18

18-100

>100

Fonte: Malavolta et al., 1997; Ambrosano et al., 1996; COAMO, 1998; EMBRAPA, 1998.

Tabela 2. Quantidade de macro e micronutrientes absorvido e exportado pela cultura do feijão para uma expectativa de produtividade de uma tonelada de grãos.

Partes da planta

N

P

K

Ca

Mg

S

B

Cu

Fe

Mn

Mo

Zn

———kg/ha———–

———–mg/kg———–

Grãos

21

11,5

9,6

4,2

3,0

6,0

36

12

80

35

2

50

Restos culturais

24

9,1

36,2

31,8

9,0

10

56

18

1.870

340

2

100

Total

45

20,6

45,8

36

12

16

92

30

1.950

375

4

150

% exportada

47

55

21

12

25

38

39

40

4,1

9,3

50

33

Fonte: Adaptado de Fancelli (2010).

Benefícios do manejo nutricional

“¢ Melhor germinação e maior uniformidade de estande.

“¢ Maior fixação biológica do nitrogênio.

“¢ Nutrição mais balanceada e equilibrada.

“¢ Maior tolerância aos estresses ambientais e dos defensivos agrícolas.

“¢ Maior desenvolvimento radicular e vegetativo.

“¢ Maior produtividade e rentabilidade ao produtor.

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