Novo padrão chinês da soja

A proposta do novo padrão chinês da soja, que está em discussão na Organização Mundial ....
Soja - Crédito da foto: Pixabay

Publicado em 7 de julho de 2021 às 12h36

Última atualização em 7 de julho de 2021 às 12h36

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Soja – Crédito da foto: Pixabay

Limite brasileiro é 14%, enquanto na China é de 13%; Brasil aguarda esclarecimentos da OMC sobre o novo padrão de importação da oleaginosa


A proposta do novo padrão chinês da soja, que está em discussão na Organização Mundial do Comércio (OMC), traz algumas diferenças que podem influenciar a classificação do grão, mas na avaliação do  Ministério da Agricultura a norma asiática é menos rigorosa em alguns parâmetros de qualidade, em relação a norma atual que é praticada desde 2009.

Entretanto, uma das questões que preocupa é a da umidade do grão. Atualmente, o limite no Brasil é 14%, enquanto na China é de 13%. Em relação à umidade, o Ministério da Agricultura  disse que o valor proposto no novo padrão chinês não deveria ser usado para classificar a soja por poder sofrer oscilações conforme a temperatura.

As normas brasileiras da soja no Brasil também estão sendo discutidas. O padrão brasileiro, de  2007, passa por mudanças nesse momento.”Enquanto discutimos o novo padrão nacional, não podemos ignorar o padrão do nosso maior mercado consumidor (a China)”, disse o diretor da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Glauco Bertoldo, em live promovida pela Embrapa na semana passada.
 
O novo padrão chinês irá determinar os termos e definições, classificações, requisitos de qualidade, métodos de teste, regras de inspeção, rótulos, empacotamento, estocagem e requisitos de transporte para a soja.

Para a diretora Comercial e de Marketing da LocSolution, empresa que trabalha com medidores de umidade de grãos da marca Motomco, Manoella Rodrigues da Silva,  num primeiro momento, o novo padrão não deve impactar de forma significativa o mercado brasileiro. Ela avalia como positivo se a intenção é melhorar a qualidade do grão.
 
Manoella observa, entretanto, que  apesar da capacidade produtiva do Brasil, as exigências do mercado internacional, quanto à qualidade do grão, tem se intensificado cada vez mais.  “Grãos de alta qualidade dependem basicamente de uma boa cultivar, condições ambientais durante o seu desenvolvimento, época certa e procedimento de colheita, método de secagem e práticas de armazenagem”, explica.
 
“Ainda assim, existe uma grande preocupação do produtor rural em saber exatamente o momento de colher. Isso é um fator primordial para se obter a qualidade do grão, que deve estar dentro dos parâmetros estipulados de umidade, que no Brasil é de 12% a 14%”.

Uma forma de determinar o teor exato da umidade do grão e o momento certo de colher, é fazendo um monitoramento da lavoura. Para isso, o produtor rural precisa ter acesso  às ferramentas existentes no mercado para obter o melhor resultado sobre a umidade do grão.

“Os medidores de umidade de grãos já são bastante usuais em propriedades rurais e permitem que o produtor saiba exatamente  o momento certo da colheita”, enfatiza a diretora.  

GRÃOS PERFEITOS: Nos padrões de qualidade chinês, a soja com menos de 75% de grãos perfeitos não tinha uma classificação e agora ela entra como “fora de tipo”. O padrão chinês aborda também a questão de grãos perfeitos, mas no Brasil não há uma definição para grãos perfeitos, só para grãos que sofreram alguns problemas, que têm alguma avaria, defeito. O Brasil aguarda os esclarecimentos para entender  as novas regras chinesas e como a regulamentação será implementada.

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