Aumento de impostos em SC prejudica produtores rurais

Aumento de impostos em SC prejudica produtores rurais
Aumento de impostos em SC prejudica produtores rurais

Publicado em 2 de agosto de 2019 às 16h47

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 15h43

Acompanhe tudo sobre Água, Defensivo, Feijão, Herbicida, Traça e muito mais!

Os agricultores e toda a cadeia do agronegócio de Santa Catarina iniciaram o mês de agosto com custos maiores para produzir alimentos. Isso porque, a partir desde a quinta-feira, 1º de agosto, os defensivos agrícolas terão uma alíquota de17% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS.

Esta taxação acontece agora porque em 28 de dezembro de 2018, ao final da administração, o então governador Eduardo Pinho Moreira assinou e publicou o Decreto 1.866/2018, revogando benefícios fiscais no âmbito do ICMS para um importante grupo de defensivos agrícolas.

Foram excluídos do benefício e passaram a ser tributados em 17% de ICMS os inseticidas, fungicidas, formicidas, herbicidas, parasiticidas, germicidas, acaricidas, nematicidas, raticidas, desfolhantes, dessecantes, espalhantes e adesivos.

A decisão do governo estadual, por meio da Secretaria de Estado da Fazenda, inclui corte de incentivos fiscais e também a adoção da tributação verde, que consiste em cobrar alíquota de 17% para agrotóxicos que eram isentos, visando a redução do uso desses produtos na produção agrícola.

Para o Diretor Vice-presidente da Copercampos, Cláudio Hartmann, o uso de defensivos é necessária para a produção agrícola. “Essa nova alíquota vai impactar diretamente o custo de produção do homem do campo. Estamos indo na contramão de minimizar os tributos e teremos um custo maior em no mínimo 10% na produção agropecuáriaem nosso estado. Os demais estados brasileiros mantêm isenção destes impostos e teremos uma desvantagem no mercado. O agronegócio mantém o estado e com esta atitude equivocada, além de produtor, quem vai pagar a conta é o consumidor final. O governo está prejudicando o produtor rural”, ressalta Hartmann.

Além do agronegócio, outro setor que sofre impacto com a nova alíquota é o de água mineral. Neste setor haverá aumento de 7% para 17% e ainda continuará com a substituição tributária.

O Departamento Técnico da Copercampos, por meio do Eng. Agrônomo Marcelo Capelari, realizou um levantamento do impacto da incidência de 17% sobra agroquímicos para as culturas de milho, soja e feijão no Estado. O produtor rural vai ter que gastar no mínimo R$ 170 milhões a mais para produzir soja, milho e feijão nesta safra 2019/2020 com o aumento da alíquota de ICMS. Somente na soja, principal grão produzido no estado, haverá um custo superior a dois sacos (no valor de R$ 70,00) por hectare, para adquirir os agroquímicos necessários para a safra.

Participe do Nosso Canal no WhatsApp

Receba as principais atualizações e novidades do agronegócio brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Últimas publicações

1

Exportações de carne de MT crescem 67% no 3º trimestre de 2025 e devem superar recorde de 2024

2

Incertezas econômicas e clima irregular desafiam produtores e exigem gestão mais estratégica

3

Brasil pode gerar 370 milhões de toneladas de créditos de carbono até 2030

4

Tomate cereja BRS Iracema: sabor adocicado e tolerância a doenças

5

HGS Bioscience: substâncias húmicas são o combustível do solo

Assine a Revista Campo & Negócios

Tenha acesso a conteúdos exclusivos e de alta qualidade sobre o agronegócio.

Publicações relacionadas

carnes mt

Exportações de carne de MT crescem 67% no 3º trimestre de 2025 e devem superar recorde de 2024

1

Incertezas econômicas e clima irregular desafiam produtores e exigem gestão mais estratégica

Depositphotos_583129486_XL

Brasil pode gerar 370 milhões de toneladas de créditos de carbono até 2030

imagem_2022-06-30_145124434

Pragas e doenças no abacateiro: prevenção e controle