Como eliminar cupim da terra e proteger as plantas

Saiba como identificar, eliminar e prevenir o ataque de cupins.
Crédito Richard Ian Samuels
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Os cupins são insetos que desempenham papel ecológico importante na decomposição da matéria orgânica e ciclagem de nutrientes, mas quando se multiplicam em excesso, tornam-se pragas agrícolas e florestais capazes de causar prejuízos significativos.

Esses insetos vivem no solo, em madeiras e até em plantas vivas, atacando raízes, colos e troncos, comprometendo o desenvolvimento de culturas como eucalipto, cana-de-açúcar e pastagens.

Como eliminar cupim da terra

Os cupins subterrâneos formam ninhos e galerias invisíveis no solo, o que dificulta seu controle. Para eliminar cupins da terra, o ideal é combinar práticas de correção do solo, monitoramento e controle biológico ou químico.

Uma das formas naturais mais eficazes é a calagem, que corrige a acidez do solo — ambiente preferido pelos cupins. Solos bem corrigidos tornam-se menos propícios ao desenvolvimento da praga e ainda fortalecem as plantas.

Dica prática: sim, cal mata cupim — desde que aplicada corretamente, conforme recomendação técnica após análise do solo.

Cupim em árvore: o que fazer

O cupim de árvore ataca desde mudas até árvores adultas. Ele consome o interior do tronco (cerne), deixando a planta oca e frágil, o que aumenta o risco de quebras em ventos fortes e morte precoce.

O manejo ideal inclui:

  • Inspeção visual de troncos e raízes;
  • Perfuração dos ninhos com lança metálica;
  • Aplicação direcionada de inseticidas ou caldas biológicas;
  • Evitar arrancar cupinzeiros antes do tratamento, para não multiplicar as colônias.

Cupim em plantas e no campo

Em lavouras, os cupins subterrâneos atacam sementes e raízes, reduzindo o vigor e a produtividade das plantas. O sintoma mais comum é o murchamento em reboleiras, especialmente em períodos secos.

Nas florestas, espécies como Heterotermes tenuis e Syntermes molestus são as mais destrutivas, atacando raízes e colo de mudas de eucalipto. Por isso, é essencial fazer o plantio na época chuvosa e adotar adubação equilibrada, que fortalece o sistema radicular e reduz ataques.

Ninho de cupim de solo e seu controle

O ninho de cupim de solo pode ter entre 50 e 100 cm de altura e abrigar milhares de indivíduos.
Para o controle:

  1. Perfure o montículo com ferro;
  2. Aplique calda inseticida ou biológica por meio de mangueira e funil;
  3. Nunca destrua o ninho antes de aplicar o produto, pois isso pode causar fragmentação da colônia e multiplicar o problema.

Em áreas extensas, recomenda-se o monitoramento com iscas para detectar a presença dos insetos antes do plantio.

Iscas para cupins de madeira e de solo

As iscas para cupins são uma ferramenta eficiente tanto no campo quanto em áreas urbanas.

  • As iscas de papelão ou madeira atraem os insetos e podem ser impregnadas com fungos entomopatogênicos ou inseticidas de ação lenta.
  • Quando consumidas pelos cupins, ajudam a reduzir gradualmente a colônia, com menor impacto ambiental.

O método de Melo e Silva (2008) utiliza rolos de papelão corrugado enterrados no solo, facilitando o monitoramento pré-plantio e indicando áreas com maior infestação.

Cupins e calagem: uma defesa dupla

A correção da acidez do solo com calcário é uma das práticas mais eficientes e sustentáveis para prevenir o surgimento de cupins.
Além de diminuir a acidez, melhora o aproveitamento dos nutrientes pelas plantas, tornando-as mais vigorosas e resistentes.

A calagem deve ser refeita a cada cinco anos, especialmente em florestas de ciclo longo.

Controle biológico e químico

  • Controle biológico: uso de fungos entomopatogênicos, aplicados diretamente nos ninhos ou misturados em iscas.
  • Controle químico: inseticidas à base de fipronil ou imidacloprido, aplicados nas mudas antes do plantio ou na base das plantas atacadas.

Ambas as técnicas devem ser orientadas por um profissional capacitado, evitando desequilíbrios no solo e danos ambientais.

Conclusão

Eliminar cupins da terra e de árvores exige conhecimento técnico e manejo contínuo. Práticas como calagem, plantio em época chuvosa, adubação equilibrada e monitoramento com iscas reduzem os riscos e garantem solos mais saudáveis e produtivos.

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