Pimentas mexicanas – Cultivo atrai produtores

A crescente demanda do mercado, estimado em R$ 80 milhões ao ano, tem impulsionado o aumento da área cultivada e o estabelecimento de agroindústrias, tornando o agronegócio de pimentas (doces e picantes) um dos mais importantes do País. Além do mercado interno, parte da produção brasileira de pimentas é exportada em diferentes formas, como páprica, pasta, desidratada e conservas ornamentais (Embrapa, 2007).

Publicado em 8 de maio de 2019 às 17h06

Última atualização em 8 de maio de 2019 às 17h06

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Autora

Raíra Andrade Pelvine
Engenheira agrônoma e mestranda em Agronomia-Horticultura, Unesp-FCA, Botucatu-SP.
raira_andeplvine@hotmail.com

A crescente demanda do mercado, estimado em R$ 80 milhões ao ano, tem impulsionado o aumento da área cultivada e o estabelecimento de agroindústrias, tornando o agronegócio de pimentas (doces e picantes) um dos mais importantes do País. Além do mercado interno, parte da produção brasileira de pimentas é exportada em diferentes formas, como páprica, pasta, desidratada e conservas ornamentais (Embrapa, 2007).

Atualmente, as diversas variedades de pimenta dominam o comércio de especiarias picantes. As principais pimentas mexicanas são Jalapeño, Caiena, Chilli, Habanero e Poblano, porém, o destino é variado, mas podem ser consumidas in natura ou em conservas, molhos, secas ou em pó.

No Brasil, a área anual cultivada é de aproximadamente 2.000 ha, sendo os Estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Ceará e Rio Grande do Sul os principais produtores. A produtividade média depende do material que se está cultivando, mas, pode variar de 10 a 30 t/ha.

Manejo

Atualmente, se utiliza a recomendação de adubação indicada para o pimentão, ambos do gênero Capsicum. As pimenteiras não toleram baixas temperaturas, então devem ser cultivadas em meses do ano com temperatura alta (em média 21-30°C), e para a região sudeste o cultivo ocorre na primavera e verão.

 Existem vários métodos para cultivá-las, porém, depende do material utilizado, já que algumas cultivares podem não ter alto valor comercial, inviabilizando o investimento em uma alta tecnologia.

Atualmente, o cultivo é realizado em solo, em campo aberto, mas alguns produtores utilizam a pimenteira por até dois anos, então encontraram uma maneira de aumentar a qualidade fitossanitária da planta, sendo então cultivada em estufa.

Mercado

O mercado para as pimentas é dividido em dois grandes grupos: o consumo in natura, geralmente em pequenas porções, e as formas processadas, que incluem molhos, conservas, flocos desidratados e pó como ingrediente de alimentos processados (Embrapa, 2007).

Pode-se dizer que este mercado ainda está em expansão no Brasil, pois é influenciado de acordo com o hábito alimentar. Mas, está havendo uma exploração de novos tipos de pimentas e o desenvolvimento de novos produtos para o mercado, com grande valor agregado, por exemplo, as conservas ornamentais e geleias especiais.

Alguns produtores relatam que levam o ciclo da pimenteira em até dois anos, sendo a partir do segundo ano a visualização inicial do retorno econômico. Porém, muitas vezes, quando processadas ocorre uma supervalorização do produto, podendo obter lucro de até 100% no custo produção da pimenta, a exemplo das conservas.

No caso do custo, varia de acordo com material e o a tecnologia utilizada, porém, em cultivo menos tecnificado pode chegar a uma média de R$ 20 mil a R$ 25 mil/ha, sendo a mão de obra o item mais caro de toda a cadeia produtiva da cultura.

O aumento no cultivo se deve ao maior consumo, inclusive de molhos, e muitas vezes a realização de blends, para atingir determinado sabor e ardência, que faz com que ocorra uma procura maior por determinadas variedades.

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