Bioestimulante à base de húmus contribui para produtividade das hortaliças

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Publicado em 15 de outubro de 2018 às 07h43

Última atualização em 15 de outubro de 2018 às 07h43

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Nilva Terezinha Teixeira

Engenheira agrônoma, doutora em Solos e Nutrição de Plantas e professora de Nutrição de Plantas, Bioquímica e Produção Orgânica do Centro Universitário do Espírito Santo do Pinhal (UniPinhal)

nilvatteixeira@yahoo.com.br

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Considera-se húmus como a fração mais estável da decomposição de qualquer sedimento orgânico presente no solo. Trata-se de fração rica em ácidos orgânicos bastante ativos do ponto de vista físico, químico e biológico no solo, atuando positivamente nas características do perfil.

Por húmus de minhoca entende-se o produto derivado da ação de minhocas em resíduos vegetais e animais (como estercos) que, ao ser aplicado na agricultura, tem múltipla ação.

Trata-se de um produto de excreção das minhocas que digerem a matéria orgânica: as minhocas ingerem os restos orgânicos que, ao passar pelo intestino, sofrem transformações, liberando produto escuro, de aspecto e odor semelhante ao pó de café.

O húmus de minhoca, ao ser adicionado aos plantios, beneficia de diversas maneiras pois, além de sua rica composição em nutrientes de plantas, ainda conta com alta quantidade de matéria orgânica (lembrando que a matéria orgânica melhora o solo do ponto de vista físico e biológico) com vitaminas e bioestimulantes (moléculas semelhantes às auxinas vegetais e ácidos fúlvicos e húmicos).

Destaca-se que 60 a 80% do húmus é formado por substâncias húmicas (humina, ácidos húmicos e fúlvicos). Os ácidos húmicos e fúlvicos têm intensa ação na qualidade do solo. Melhoram a estrutura, agregando partículas, o que favorece a porosidade, aeração e retenção de água, aumentam a capacidade de troca catiônica, e consequentemente a retenção de nutrientes e a vida microbiológica do solo. Ativam, também, o metabolismo vegetal, melhorando o enraizamento, o desenvolvimento aéreo e a produção.

Composição

No cultivo de repolho, a aplicação de bioestimulantes promoveu aumentos de 35% de produção

O húmus de minhoca, de acordo com a malha das peneiras usadas para sua separação no minhocário, pode levar em sua composição minhocas, que quando adicionadas à terra de cultivo vão melhorar a porosidade do solo, refletindo em melhor retenção de água e aeração do mesmo. Considera-se, ainda, que o húmus carrega bactérias benéficas para a vida biológica do solo.

O húmus de minhoca é, sem dúvidas, uma grande alternativa para o produtor rural diminuir gastos em sua produção, pois pode ser produzido na propriedade, sendo eficiente maneira de aproveitamento dos restos vegetais e animais presentes no local, além de melhorar a qualidade do solo, com diminuição do emprego de adubação mineral.

Além do produto em pó, há a possibilidadede se empregar o chorume, o lixiviado, que pode ser diluído e usado como biofertilizante e bioestimulante.

Emprego

O húmus e seu lixiviado contam, como já foi mencionado, com nutrientes e moléculas semelhantes à auxina (hormônio que age na multiplicação de células e que, assim, contribui para a formação de raízes maiores e mais fortes, com maior quantidade de pelos absorventes e raízes laterais). Assim, promove maior absorção de água e de nutrientes, podendo ser empregado como bioestimulante, ativando a enzima ATPase, que estimula a absorção de nutrientes e o enraizamento vigoroso.

Entretanto, outros mecanismos de ação dos ativos do húmus podem, ainda, ser esclarecidos.

Essa matéria completa você encontra na edição de outubro de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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