Calhas beneficiam cultivo de tomate mais saudável

Crédito Hidrogood

Publicado em 25 de setembro de 2018 às 07h19

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 16h44

Acompanhe tudo sobre Água, Calagem, Calha, Cultivo protegido, Erva aromática, Hortifrúti, Morango, Nematoide, Pepino, Pimenta, Pimentão, Substrato, Tomate e muito mais!

Douglas José Marques

Professor de Olericultura e Melhoramento Vegetal da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas)

douglas.marques@unifenas.br

Vladimir Landiva

Representante técnico da Solotec Soluções Agrícolas

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Crédito Hidrogood

A crescente demanda por hortaliças de alta qualidade e ofertadas durante o ano todo tem contribuído para o investimento em novos sistemas de cultivo que permitam produção adaptada a diferentes regiões e condições adversas do ambiente.

No Brasil, o cultivo de hortaliças em ambiente protegido vem ganhando espaço entre os produtores, devido, principalmente, à relativa facilidade em manejar as condições de cultivo quando comparado ao sistema convencional em campo aberto.

A utilização do plástico na olericultura tem sido bastante empregada no Brasil, desde a década de 70, inicialmente com a cultura do morango, sendo usado também como cobertura em casa de vegetação.

No que se refere às estruturas de proteção, as casas de vegetação permitem alterar o microclima de um determinado ambiente, viabilizando o cultivo de hortaliças em épocas desfavoráveis do ano, bem como ampliar o período de produção, proporcionando maior produtividade e melhor qualidade de frutos. Esta prática concentra a produção sob estruturas de proteção na entressafra, sendo importante para regularizar o abastecimento e obter preços mais elevados.

A técnica de cultivo de hortaliças em substratos nas calhas apresenta um grande avanço frente aos sistemas de cultivo no solo, pois oferecem vantagens como:

ÜO manejo mais adequado da água;

ÜO fornecimento de nutrientes em doses e épocas apropriadas;

ÜA redução do risco de salinização do meio radicular;

ÜA redução da ocorrência de problemas fitossanitários, que se traduzem em benefícios diretos no rendimento e qualidade dos produtos colhidos.

Dicas importantes

O cultivo em calha reduz a ocorrência de doenças - Crédito Vladimir Landiva
O cultivo em calha reduz a ocorrência de doenças – Crédito Vladimir Landiva

Para o enchimento das calhas, o produtor deve adquirir substrato de qualidade, que deve apresentar algumas propriedades físicas e químicas intrínsecas importantes para sua utilização, tais como boa capacidade de retenção de água, na faixa de potencial de 01 a 05 kPa, alta disponibilização de oxigênio para o desenvolvimento das raízes, facilidade na manutenção da proporção correta entre a fase sólida e líquida, alta capacidade de troca catiônica do material (CTC), baixa relação C/N, entre outras.

O sistema de produção em calhas é uma criação agrotecnológica para hortaliças de folhas e frutos, relativamente nova e que veio para ficar, pois apresenta muitas vantagens:

ð Facilidade de implantação;

ð Facilidade no acondicionamento de substrato;

ð Melhor desenvolvimento de raiz e da planta;

ð Melhor forma de fazer vários cultivos.

Produção de tomates em calhas

A calha produzida de isopor é uma opção no mercado - Crédito Termotécnica
A calha produzida de isopor é uma opção no mercado – Crédito Termotécnica

O sistema de cultivo protegido e em calhas é uma tendência mundial devido a uma série de fatores, e pode ser utilizado para diversas culturas de interesse comercial, tais como: morango, tomate, pimentão, pepino, plantas ornamentais, ervas aromáticas, dentre outras culturas e aplicações.

Vantagens no uso da calha de cultivo

üA principal finalidade da calha é o de remover a planta do solo;

üElimina o rodizio de terra para o plantio, permitindo o aumento da área cultivada;

üElimina a necessidade de preparos anuais do solo;

üElimina a necessidade de calagem e adubações de base;

üReduz os efeitos erosivos no solo;

üReduz a contaminação do solo;

üReduz a ocorrência de pragas, doenças e nematoides;

üReduz o consumo de defensivos;

üReduz o consumo de água e possibilita o reaproveitamento da mesma;

üOtimiza a utilização de fertilizantes;

üMelhora o rendimento da mão de obra em até 30% em sistemas suspensos;

üMelhora a ergonomia laboral (saúde do trabalhador), pois em sistemas suspensos o trabalho é realizado “em pé“;

üReduz contaminações microbiológicas, pois os frutos não tem contato como o solo;

üPermite maior adensamento de plantas;

üAumento da produtividade por área;

üAumenta a vida útil da planta.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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