Fisiologia para altas produtividades do cafeeiro

Crédito Luize Hess

Publicado em 23 de julho de 2018 às 07h08

Última atualização em 23 de julho de 2018 às 07h08

Acompanhe tudo sobre Ácido fúlvico, Ácido húmico, Alga, Aminoácido, Bioestimulante, Café, Colheita, Enraizamento, Germinação, Hormônio, Nutrição, Oliveira, Semente orgânica e muito mais!

Fernando Simoni Bacileri

Engenheiro agrônomo, mestre e doutorando em Fitotecnia – Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

ferbacilieri@zipmail.com.br

Eli Carlos Oliveira

Engenheiro agrônomo, doutor e professor na Universidade Estadual de Londrina (UEL)

elioliveira.agro@gmail.com

José Geraldo Mageste

Doutor e professor” UFU

jgmageste@ufu.br

 

A fisiologia vegetal é umramo da botânica que trata do funcionamento das plantas. Os processos fundamentais de plantas, como a fotossíntese, a nutrição das plantas, respiração, transpiração, função dos hormônios vegetais, estresse vegetal, germinação das sementes, crescimento e frutificação são estudados pela fisiologia vegetal.

Compreender como a planta funciona, bem como a influência do ambiente no crescimento e desenvolvimento,são fundamentais para adotar práticas que possibilitem às plantas expressarem ao máximo seu potencial genético.

Crédito Luize Hess
Crédito Luize Hess

Produtividade

A produtividade da cultura do café é determinada em função do número de plantas por área, do número de nós produtivos por plantas, do número de frutos por nós e pelo tamanho e peso de frutos, ou seja, por componentes que podem ser favorecidos diretamente por um bom manejo fisiológico.

Uma questão recorrente na cultura do café é “Por que em um ano o café produz bem e no outro não?“. O efeito conhecido como bienalidade se expressa no campo porque o ciclo da cultura é dividido em seis fases que normalmente duram dois anos, ou seja, em um ano o café cresce e no outro produz conforme a figura a seguir.

Bioestimulantes estimulam florada - Crédito Ivanir Maia
Bioestimulantes estimulam florada – Crédito Ivanir Maia

Fisiologia

Os processos fisiológicos do cafeeiro dependem do ambiente, da genética das plantas, e são controlados por hormônios vegetais, que sãosubstâncias orgânicas produzidas no interior das plantas e ativos emtecidos jovens em crescimento, queem pequenas quantidades promovem, inibem ou modificam certas características das plantas.

Os grupos clássicos de hormônios vegetais são auxinas, citocininas, giberelinas, ácido abscísico e etileno. A nível celular, estes compostos controlam a divisão, alongamento e diferenciação celular, que são essenciais ao crescimento e desenvolvimento das plantas.

Nas plantas, dependendo da fase fenológica, os hormônios vegetais podem apresentar efeitos fisiológicos com alterações na expressão de genes e respostas como enraizamento, crescimento, florescimento, frutificação, maturação, senescência, etc.

Tabela 1. Efeitos fisiológicos causados por hormônios vegetais

HormôniosCrescimentoFloraçãoFrutificaçãoSenescência
AuxinasElongação celular (raiz e dominância apical)Formação e crescimento de floresCrescimento de frutosRetarda a queda de flores e frutos
GiberelinasElongação celular (folhas e outros órgãos)Induz florescimento e aumenta a inflorescênciaMaior fixação, crescimento de frutos, atraso da maturaçãoRetardo da senescência
CitocininasDivisão celular (folhas e brotações)Diminui o aborto de floresAumenta a força de dreno para os frutosRetardo da senescência

É proibida a reprodução e/ou utilização desta imagem sem a autorização por escrito do Autor
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Bioestimulantes

Como principais ferramentas de manejo para solucionar problemas fisiológicos do cafeeiro surgem osbioestimulantes. A definição e o conceito de bioestimulantes têm mudado ao longo dos anos em função da diversidade de compostos novos que apresentam efeitos sobre o crescimento, desenvolvimento, metabolismo e a produtividade das culturas, comprovados pela pesquisa.

Uma definição mais recente encontrada na literatura considera os bioestimulantes vegetais como produtos que contenham substâncias e/ ou microrganismos cuja ação,quando aplicados às plantas ou à rizosfera, sejam capazes de estimular os processos fisiológicos naturais para aumentar absorção e eficiência dos nutrientes, além de proporcionar tolerância a estresses abióticos, com maior qualidade das colheitas. Incluem-se nesta categoria microrganismos, ácidos húmicos e fúlvicos, aminoácidos, extratos de algas, entre outros.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de julho de 2018 da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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