Manejo de podas em cafeeiros interage com variedades plantadas

Crédito Abraão Verdin

Publicado em 15 de setembro de 2017 às 19h05

Última atualização em 15 de setembro de 2017 às 19h05

Acompanhe tudo sobre Café, Colheita, Poda, Pós-colheita e muito mais!

 

José Braz Matiello

Engenheiro agrônomo da Fundação Procafé

jb.matiello@gmail.com

 

Crédito Abraão Verdin
Crédito Abraão Verdin

O manejo de podas em cafeeiros sofre influência da variedade de café plantada em determinada lavoura. As características das plantas, correlacionadas com sua genética,condicionam o uso de podas de modo diferenciado, seja no tipo delas, mais ou menos drásticas, seja na sua frequência de uso, em períodos mais curtos ou longos.

Por onde começar

Deve-se observar a condição das plantas do talhão a podar – sua parte vegetativa e sua condição produtiva. Isso para ver se é preciso podar e qual o tipo de poda mais adequada, pois, dentro da necessidade, quanto menos cortar, melhor. Em geral, o critério deve ser podar após uma safra alta, e, consequentemente, na previsão de uma baixa no ano seguinte.

Tipos de poda

Temos dois tipos principais – as podas drásticas e as leves. Nas drásticas ocorre perda praticamente total da produção no ano pós-poda. Nesse tipo se incluem a recepa (alta ou baixa) e o esqueletamento/desponte. No tipo de poda leve se inclui o decote, quando se poda apenas a parte superior da planta, e assim ela continua produzindo, mesmo no ano da poda.

A poda e seu tipo dependem da condição vegetativa e produtiva dos cafeeiros. Se as plantas estiverem com excesso de hastes, sem ramagem lateral em grande parte da planta, aí se indica a recepa, que deve ser a última opção, pois se perde a produção por dois anos.

Nos demais casos, podas de esqueletamento e de decote devem ser preferidas. O esqueletamento tem, ainda, a indicação pra zerar a safras, com isso coincidindo sempre safras altas com uma zerada, e assim reduzindo os custos no manejo e colheita da lavoura.

Como podar

Para não errar, o produtor deve verificar as orientações quanto à época – quanto mais cedo, em pós-colheita, melhor. Recomenda-se, ainda, o tipo menos drástico e os cuidados no trato, antes e pós-poda. Deve-se, dentro do possível, consultar um técnico bem experiente, pois depois de cortado não se consegue mais emendar os ramos.

Suscetibilidade do café a pragas e doenças

As plantas de variedades suscetíveis, ao terem mais desfolhas, se enfraquecem e sua ramagem tende a apresentar seca de ponteiros, assim aumentando a necessidade de podas.

Nesse caso, como nos demais, as podas devem ser feitas observando as lavouras. Substituir variedades, no caso do café, que é uma cultura perene, custa tempo e dinheiro. Portanto, o melhor, no curto prazo, é proceder o controle químico das pragas e doenças, e assim conviver com elas até ter oportunidade de substituir a lavoura.

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