Usina solar flutuante reduz evaporação da água e eleva produção agrícola

Publicado em 10 de março de 2017 às 07h48

Última atualização em 10 de março de 2017 às 07h48

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A novidade tem atraído produtores que utilizam a irrigação e a piscicultura, assim como lagos de frigoríficos e abatedouros, que podem ser cobertos com geração solar flutuante

Créditos Sunlution
Créditos Sunlution

A usina solar flutuante, equipamento de geração de energia fotovoltaica para ser instalado em espelhos d’água de propriedades rurais, é a mais recente tecnologia agrícola voltada para a sustentabilidade no Brasil.

A tecnologia permite, ao mesmo tempo, gerar energia e elevar a capacidade de produção dos empreendimentos agrícolas, com a redução significativa da evaporação em açudes, lagos, represas e reservatórios.

Além de garantir o abastecimento energético para a produção, estudos mostram que esta usina reduz em até 70% o nível de evaporação no local de instalação, o que permite ao agricultor aumentar em até 20% o volume de água disponível para a produção agrícola.

A energia solar é uma alternativa limpa e renovável aos combustíveis fósseis e a usina solar flutuante proporciona benefícios adicionais à indústria. Ao cobrir parcialmente uma superfície de água, evita-se a sua perda por evaporação, enquanto que o sombreamento que induz limita o crescimento de algas.

O sistema é inócuo para a vida selvagem e habitats circundantes. Adicionalmente, o natural efeito refrigerador da superfície de água permite o funcionamento mais eficiente dos painéis fotovoltaicos, aumentando, por isso, a produtividade face a instalações convencionais sobre o solo.

Aplicações da usina solar flutuante:

  • Lagos industriais;
  • Lagos da indústria extrativa;
  • Reservatórios de irrigação;
  • Lagos de retenção;
  • Estações de dessalinização;
  • Estações de tratamento de águas;
  • Reservatórios de água potável;
  • Estações de aquacultura;
  • Açudes/canais.

 

Em atuação

No Brasil, as usinas solares flutuantes já estão instaladas em Balbina, um distrito do município de Presidente Figueiredo, no Amazonas, em Sobradinho, na Bahia, e em Goiás uma fazenda terá sua instalação finalizada em fevereiro.

De acordo com Orestes Gonçalves Júnior, sócio diretor da Sunlution, empresa que trabalha com a tecnologia, além das vantagens já apontadas anteriormente, o produtor pode contar com a segurança energética durante o dia, isto é, não cai a energia da concessionária, e em algumas commodities há a possibilidade do selo verde, que recebe ao redor de 2% a mais pelo valor do produto.

Benefícios ambientais:

ü Impacto ambiental neutro ou mesmo positivo;

ü Redução da evaporação e, portanto, conservação da água,preservando os ecossistemas existentes;

ü Melhoria da qualidade da água e redução do desenvolvimento de algas;

ü Redução da erosão nas margens dos reservatórios por diminuição de ondulação.

Benefícios econômicos:

ü Conversão de superfícies subaproveitadas em áreas lucrativas;

ü Reduz custos de ligação à rede pela utilização de infraestruturas elétricas existentes;

ü Rápido processo de desenvolvimento e entrada em produção;

ü Aumento da produtividade fotovoltaica devido à refrigeração natural do sistema pela superfície da água.

Orestes Gonçalves Júnior, sócio diretor da Sunlution - Créditos Sunlution
Orestes Gonçalves Júnior, sócio diretor da Sunlution – Créditos Sunlution

Benefícios sociais:

ü Preserva superfícies de solo e água para usos primordiais, como a agricultura;

ü Reabilitação de áreas contaminadas, gerando energia limpa;

ü Compatível com usos lúdicos da superfície de água;

ü Baixo impacto visual.

Implantação

A Sunlution realiza o trabalho completo, desde encaminhar para a distribuidora de energia local a aprovação do projeto, o projeto executivo, a instalação e a conexão com a linha de distribuição. “O requisito é o interesse de implantar. Podemos fazer apresentações nas diferentes regiões, e ainda temos parceria com a Jacto e a Weg“, revela Orestes Júnior.

O empresário informa que a tecnologia existe há mais de 10 anos e já há várias usinas implantadas no mundo, principalmente na Ásia (Japão é o país que tem o maior volume de usinas) e Europa (Inglaterra é o país com o maior volume de usinas), ou seja, é uma tecnologia testada e consolidada.

Os atributos são muitos, como resistir a ventos de até 210 km/h, ondas de até 1,5 metro, tratamento UV contra a insolação, não há impacto sobre água potável (órgão ambiental inglês aprova a instalação da usina solar flutuante em lago de água potável), contribui para a redução de algas, entre outros.

Essa matéria completa você encontra na edição de março 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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