Publicidade

Federarroz alerta que novas regras do piso mínimo de frete agravam crise na orizicultura gaúcha

Entidade aponta que atualização do MDF-e amplia custos, eleva exigências operacionais e pressiona uma atividade que já opera com prejuízo.
Acompanhe tudo sobre orizicultura e muito mais!

A Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz) alerta que a vigência da Nota Técnica 2025.001 v1.03 do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e), válida desde 6 de outubro, aprofunda o quadro de dificuldades enfrentado pelos produtores de arroz no Estado. Segundo a nota, a atualização, decorrente da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas prevista na Lei nº 13.703 de 2018, introduz mecanismos automáticos de fiscalização, com cruzamento de dados e possibilidade de autuações diante de divergências.

O documento informa que as novas regras exigem atualização de sistemas internos, revisão de processos operacionais e capacitação das equipes responsáveis pelo preenchimento das informações fiscais. A entidade destaca que essas adaptações elevam custos e aumentam o risco de interrupções logísticas caso sejam identificadas inconsistências no cumprimento das normas.

A Federarroz ressalta que a mudança ocorre em uma safra marcada por prejuízo médio entre vinte e trinta reais por saco comercializado, o que, conforme registra a nota, “agrava ainda mais a severa crise que atravessa o setor orizícola gaúcho”. A entidade afirma que a persistência desse cenário pode comprometer a continuidade da atividade no Rio Grande do Sul, responsável por mais de setenta por cento da produção nacional, com reflexos diretos sobre a segurança alimentar do país.

O documento conclui que a entidade seguirá monitorando a situação e adotando “as medidas estratégicas necessárias à defesa dos interesses dos produtores rurais”. A Federarroz acrescenta que vai judicializar a questão, na medida em que a situação aprofunda concorrência desleal com arroz importado, vez que, segundo informações, a nova tabela não incide no transporte internacional, fato que prejudica ainda mais a combalida economia gaúcha e nacional.

Publicidade
Publicidade

Participe do Nosso Canal no WhatsApp

Receba as principais atualizações e novidades do agronegócio brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Últimas publicações

1

Perdas pós-colheita da cebola: o papel estratégico das caixas plásticas retornáveis

2

Coopercitrus realiza a campanha “Mais Proteção: Defensivos na Hora Certa”, com foco em manejo eficiente, proteção e apoio ao produtor

3

Nematoides e doenças de solo ameaçam a produção de algodão e exigem manejo de longo prazo

4

Mercado floricultor brasileiro deve encerrar 2025 com crescimento entre 6 e 8%

5

Tecnologia de aplicação: eficiência, sustentabilidade e boas práticas

Assine a Revista Campo & Negócios

Tenha acesso a conteúdos exclusivos e de alta qualidade sobre o agronegócio.

Publicações relacionadas

Algodao-2 (Telefone)

Nematoides e doenças de solo ameaçam a produção de algodão e exigem manejo de longo prazo

image

Risco erosivo, uma constante na agricultura brasileira

Arroz - Crédito Divulgação (Médio)

Federarroz alerta que novas regras do piso mínimo de frete agravam crise na orizicultura gaúcha

Fotos: Joel Lima da Fonseca

Silagem de trigo forrageiro traz vantagens para pecuaristas no Vale do Jequitinhonha