O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, participou nesta quinta-feira (28) da visita oficial do presidente da República do Panamá, José Raúl Mulino, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Na ocasião, foi assinado um Memorando de Entendimento entre o Ministério de Portos e Aeroportos e a Autoridade do Canal do Panamá, marco inicial de uma parceria voltada a fortalecer a cooperação internacional em infraestrutura logística, transporte marítimo e comércio exterior. O Panamá é hoje o maior parceiro comercial do Brasil na América Central, com fluxo de US$ 934,1 milhões em 2024.
Durante a cerimônia, Lula afirmou que a presença do presidente panamenho em Brasília marca “o recomeço de uma nova relação entre Brasil e Panamá, após 17 anos sem visita oficial de um chefe de Estado do país”. Destacou ainda que “a aproximação deve gerar avanços no comércio, na ciência e na tecnologia e que a relação precisa ser uma via de duas mãos, em que todos ganham”.
O memorando terá duração de dois anos, podendo ser renovado. O documento prevê iniciativas conjuntas, como o intercâmbio de informações sobre portos e transporte marítimo, o desenvolvimento de novas rotas para as exportações brasileiras via Canal do Panamá e estudos sobre descarbonização e seus impactos econômicos. Também estão previstas ações de capacitação em gestão portuária e logística, troca de tecnologias para modernização do setor e iniciativas ambientais, incluindo redução de emissões e gestão de águas de lastro.
Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a parceria amplia as condições para que o Brasil ganhe competitividade no comércio exterior e fortalece o setor de transportes. “Ao lado do Panamá, vamos desenvolver rotas mais eficientes e sustentáveis, ao mesmo tempo em que modernizamos os nossos portos. O memorando abre caminho para novas oportunidades de investimento e cooperação, que vão gerar resultados para a economia brasileira e para a integração regional”, afirmou.
O presidente do Panamá destacou que “não existe um país autossuficiente” e defendeu a integração regional e o fortalecimento do multilateralismo como resposta aos desafios atuais. Ele ressaltou ainda a importância do Canal do Panamá, “governado por um tratado multilateral de neutralidade”, como ativo estratégico para o comércio internacional, e afirmou que “é preciso unir esforços contra as mudanças climáticas, preservando as florestas tropicais e avançando em rotas mais sustentáveis”.
