Presença feminina na bioenergia ganha espaço, inclusive em cargos de liderança

Maior evento do setor no mundo, Fenasucro & Agrocana reflete mercado: elas marcam presença crescente nas grades de conteúdo e em cargos decisórios. Expedição com mais de 60 mulheres também está confirmada na feira, que será realizada de 13 a 16 de agosto, em Sertãozinho/SP
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Mulheres marcam presença nos quatro dias da Fenasucro & Agrocana como visitantes, expositoras e palestrantes / Divulgação

A representatividade feminina no agronegócio vem ganhando cada vez mais espaço. De acordo com estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em conjunto com a Embrapa e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres administram mais de 30 milhões de hectares, o que corresponde a 8,5% das áreas rurais do país. Além disso, são cerca de 1 milhão de representantes femininas comandando propriedades do agronegócio no Brasil.

Conquistando posições estratégicas em todas as áreas, as mulheres também têm reforçado sua atuação e protagonismo no setor de bioenergia, ao ocuparem posições de destaque em empresas e indústrias. Prova disso é que a presença feminina na Fenasucro & Agrocana – maior feira do mundo voltada exclusivamente ao setor bioenergético – cresce a cada ano, seja como visitantes, expositoras e palestrantes. Uma pesquisa realizada pelo movimento Cana Substantivo Feminino apontou que, em 2023, a média de mulheres no setor chegou a 17% ante 7% registrado em 2012.

Para Rosana Amadeu, presidente do CEISE Br – a primeira mulher à frente da entidade -, as mulheres estão cada vez mais preparadas e se destacando em cargos de gestão, pesquisa e produção. A presença delas na oferta de tecnologias e inovações para o setor bioenergético é notória e está em sintonia com o grau de complexidade do mundo atual.

“Estamos representadas tanto dentro de entidades como nos setores público e privado. Observamos grandes mulheres fazendo a diferença, assumindo postos de comando e responsabilidade, contribuindo para que o nosso País permaneça no protagonismo da transição energética global”, afirma.

LIDE Mulher

Filiada do LIDE Mulher e diretora de RH do Grupo Viralcool, Claudia Tonielo, também reconhece uma maior inserção de mulheres na cadeia da bioenergia e, consequentemente, na Fenasucro & Agrocana.

“É uma força marcante, principalmente na feira, onde a mulher tinha um outro papel antigamente. Hoje, o mercado mudou, a Fenasucro & Agrocana se adaptou e a gente percebe essa mudança também em muitos expositores”, revela.

Defensora de mais mulheres no mercado, Claudia reconhece a importância da luta pela igualdade. “Não queremos competição e, sim, respeito. Não foi fácil chegar onde estou em um ambiente predominantemente masculino, mas estamos caminhando para as mudanças aos poucos. Vamos inspirando outras mulheres e isso acaba sendo um incentivo”, frisa.

Claudia também é incentivadora da programação feminina no evento e confirmou a realização de mais um LIDE Mulher no encerramento da 30ª edição da Fenasucro & Agrocana. “É um encontro de suma importância para posicionamento das líderes empresárias e políticos. Com certeza contribui para um evento ainda mais grandioso, inspirador e com importantes discussões”, reforça.

Painelistas

Refletindo esta representatividade no mercado e como forma de promover uma maior participação feminina na Fenasucro & Agrocana, a RX Brasil – promotora do evento – tem investido em trazer mais mulheres executivas do setor na grade de palestrantes.

“A Fenasucro & Agrocana e o setor bioenergético, de maneira geral, vem passando por uma grande transformação nesse sentido. Hoje há muitas mulheres capacitadas, com conhecimento técnico e à frente deste mercado, que sempre foi tão masculino. É um orgulho para nós, como RX Brasil, fazer parte dessa mudança tão importante”, destaca Mariana Vieira de Souza, gerente de marketing da RX Brasil.

Números em crescimento

Há sete anos a jornalista Luciana Paiva, idealizadora do Cana Substantivo Feminino (encontro de mulheres da cana-de-açúcar), promove uma expedição de mulheres pela Fenasucro & Agrocana e percebe que o cenário não é mais 100% masculino.

“Antes as mulheres não participavam da feira, pois não sentiam à vontade. Hoje, estão presentes, são profissionais qualificadas, em cargos de liderança, formadores de opinião e compradoras em potencial, que estão em busca de soluções, de conhecer as novas tecnologias e inovações”, diz Luciana, que já programou para o dia 14 de agosto a ida do grupo de mulheres à feira.

Muitas usinas, principalmente multinacionais, já oferecem mais espaço para que as mulheres desempenhem funções na indústria e no campo. “A mudança ocorre em razão do aumento de qualificação do público feminino e de características, agora, consideradas como diferenciais no ambiente de trabalho como foco, paciência e diálogo”, conclui.

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