Tecnologia de ressonância magnética nuclear avalia qualidade e adulteração de cafés

Saiba mais sobre o estudo inédito, publicado na revista científica Food Research International
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Publicado em 4 de março de 2024 às 10h53

Última atualização em 4 de março de 2024 às 10h53

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Um estudo inédito, publicado na revista científica Food Research International, reportando o uso da ressonância magnética nuclear de baixo campo para medir concentrações de café das variedades Arábica e Robusta (Conilon), se mostrou eficaz para controle de qualidade e identificação de misturas indevidas entre as variedades estudadas, oriundas de fazendas produtoras de diferentes estados brasileiros.

O estudo foi desenvolvido pelos físicos Rafael Oliari Muniz, Dr. Jorge Luis Gonzalez e  Jair C. C. Freitas, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), e Aline Toci, da Universidade Federal da Integração Latino Americana (UNILA).

A pesquisa ressalta que muitas espécies de café são comercializadas ao redor do globo, mas os cafés Arábica e Robusta são os de maior importância no mercado mundial.

O Arábica, espécie responsável por mais de 60% da produção mundial de café, tem um sabor adocicado e achocolatado e aroma intenso, além de ser mais difícil de produzir e ter valor de mercado mais elevado. Já o Robusta apresenta maior resistência ao meio ambiente, tem mais cafeína, sabor mais amargo, baixa acidez e tem um valor de mercado menor.

“Infelizmente a diferença de valor entre Arábica e Robusta abriram as portas para adulterações, via mistura entre as variedades”, afirmam os pesquisadores no estudo. O método utilizado na pesquisa com o equipamento de ressonância magnética nuclear em baixo campo, torna possível determinar o teor de café Arábica e misturas com o Robusta. A diferença nos teores de lipídios, associados às variedades de café Arábica e Robusta, foi o fator chave responsável pela detecção das contribuições devidas a cada variedade.

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Avanço da ressonância magnética na agroindústria

Diversos outros estudos inéditos da utilização do equipamento de ressonância magnética nuclear em baixo campo vêm sendo conduzidos por instituições de pesquisa, com resultados promissores. No Brasil tecnologia de ressonância magnética foi desenvolvida pela startup Fine Instrument Technology (FIT) em parceria com a Embrapa Instrumentação (São Carlos). Único equipamento fabricado no país, o SpecFit já vem sendo utilizado em análises diversas de produtos da agroindústria. As análises são realizadas em poucos segundos, de forma não destrutiva podendo ser feitas, na maioria das vezes, sem a necessidade de se abrir as embalagens. “Nossa tecnologia tem permitido usos inovadores, como na seleção de sementes oleaginosas, análises de grãos e de alimentos industrializados – inclusive para identificação de adulteração de produtos – para a identificação do teor de gordura  e maciez de carnes, fertilizantes e, agora, também temos a oportunidade de contribuir para melhorar a qualidade do café. As fronteiras estão se expandindo”, ressalta o CEO da FIT, Daniel Consalter.

Confira o estudo na íntegra no link.

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