Técnicas de manejo da indução floral da gravioleira

As flores podem surgir diretamente dos ramos de um ano de idade e, também, dos brotos em início de desenvolvimento, que emergem a partir destes mesmos ramos outonados. Em uma mesma gema podem surgir flores e novos ramos.
Graviola - Crédito: Freepik

Publicado em 4 de janeiro de 2021 às 11h00

Última atualização em 4 de janeiro de 2021 às 11h00

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Bianca Cavalcante da SilvaDoutoranda em Agronomia/Ciência do Solo – FCAV/UNESPbianca.cavalcante@unesp.br  

Thiago Feliph Silva Fernandesthiagofeliph@hotmail.com

Antonio Santana Batista de Oliveira Filhoa15santanafilho@gmail.com

Mestrandos em Agronomia/Produção Vegetal – FCAV/UNESP

Graviola – Crédito: Freepik

As flores podem surgir diretamente dos ramos de um ano de idade e, também, dos brotos em início de desenvolvimento, que emergem a partir destes mesmos ramos outonados. Em uma mesma gema podem surgir flores e novos ramos.

Este hábito de florescimento também em ramos em desenvolvimento permite supor que qualquer manejo que favoreça a emissão de novas brotações poderá provocar um novo florescimento na planta, desde que outros fatores não afetem o desenvolvimento da flor, o pegamento e o desenvolvimento da fruta, possa propiciar, assim, uma safra adicional.

Técnicas

As técnicas eficientes, como a indução floral utilizando paclobutrazol (PBZ) no florescimento e frutificação (Cardoso et al., 2007), são estratégias de comercialização para períodos favoráveis de mercado e sucesso econômico no cultivo da graviola.

A indução floral em graviola, com substâncias químicas como o PBZ, tem o papel de bloquear a biossíntese de giberelinas, o que faz com que a planta reduza o crescimento vegetativo e, consequentemente, induza o florescimento.

Essa técnica permite o estabelecimento de estratégias de comercialização para períodos favoráveis de mercado (entressafra). A aplicação do PBZ na maioria das culturas é feita via solo, geralmente na dose de 1,0 g do princípio ativo por metro de copa (Cardoso et al., 2007).

O acúmulo de níveis ótimos de carboidratos nas gemas, associados a supostos estímulos florais, desencadeariam a indução floral. As relações fonte-dreno são interações fisiológicas existentes entre os órgãos vegetais capazes de exportar carboidratos (fontes) e os órgãos que demandam estes compostos (drenos).

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Tais relações são importantes no desenvolvimento das plantas, pois influenciam na sua produção e no tamanho dos frutos. Os principais carboidratos acumulados são amido e açúcares solúveis redutores e não redutores, sendo a sacarose o principal açúcar não redutor, mobilizado nos processos de transporte na direção fonte-dreno (Silva, 2011).

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