Superávit do agronegócio cresce 20% e equilibra as contas paulistas

Nos primeiros seis meses de 2020, as exportações do Estado de São Paulo somaram US$19,27 bilhões (18,9% do total nacional), e as importações US$25,79 bilhões (32,5% do total nacional), registrando déficit comercial de US$6,52 bilhões, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA).
Cana - Crédito: Shutterstock

Publicado em 29 de julho de 2020 às 10h05

Última atualização em 29 de julho de 2020 às 10h05

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Nos primeiros seis meses de 2020, as exportações do Estado de São Paulo somaram US$19,27 bilhões (18,9% do total nacional), e as importações US$25,79 bilhões (32,5% do total nacional), registrando déficit comercial de US$6,52 bilhões, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA).

Na análise setorial o agronegócio paulista apresentou aumento nas exportações (+10%), alcançando US$ 8,03 bilhões, e queda nas importações (-10,8%), totalizando US$ 2,14 bilhões; com estes resultados, obteve-se superávit de US$ 5,89 bilhões, (+20,2%) quando comparado ao mesmo período de 2019, afirmam Marli Dias Mascarenhas Oliveira, Carlos Nabil Ghobril e José Alberto Angelo, pesquisadores do IEA, lembrando que esse resultado é fundamental para reduzir o déficit das contas do Estado.

De janeiro a junho de 2020, os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio foram: Complexo Sucroalcooleiro (US$ 2,24 bilhões, sendo que desse total o açúcar representou 85,6% e o álcool 14,3%), Complexo Soja (US$ 1,48 bilhão), Carnes (US$ 1,09 bilhão, em que a carne bovina respondeu por 85%), Produtos Florestais (US$ 807,65 milhões, com participações de 51,8% de papel e 38% de celulose) e Sucos (US$ 670,59 milhões, dos quais 96,3% referentes a sucos de laranja). Esses cinco agregados representaram 76,8% das vendas externas setoriais paulistas.

Quando comparados com os resultados do mesmo período de 2019, houve importantes variações nos valores exportados dos principais grupos, com aumentos para os grupos do complexo sucroalcooleiro (+25,2%), complexo soja (+21,1%) e de carnes (+20,2%); e quedas para produtos florestais (-9,8%) e sucos (-10%). Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas pela composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados, explicam os pesquisadores.

Em relação aos destinos das exportações, a China, com US$ 2,07 bilhões (25,8% do total das vendas externas do Estado e crescimento de 27,8% em relação ao primeiro semestre de 2019) é o principal destino das exportações de São Paulo, seguida da União Europeia (US$ 1,36 bilhão, 17% de participação e ganhos de 4,5% em valores) e Estados Unidos (US$ 673,13 milhões, participação de 8,4% e variação negativa 24,3% nas exportações).

Balança Comercial do Brasil

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 22,32 bilhões no primeiro semestre de 2020, com exportações de US$ 101,72 bilhões e importações de US$ 79,40 bilhões. As exportações do agronegócio apresentaram alta (9,6%), alcançando US$ 51,63 bilhões; já as importações recuaram 10,2% no período, registrando US$ 6,24 bilhões. O superávit do agronegócio foi de US$ 45,39 bilhões.

Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio brasileiro: Complexo Soja (US$ 23,93 bilhões), Carnes (US$ 8,31 bilhões), Produtos Florestais (US$ 5,67 bilhões), Complexo Sucroalcooleiro (US$ 3,69 bilhões), e Café (US$ 2,54 bilhões). Esses cinco grupos representaram 85,4% das vendas externas setoriais brasileiras.

Em relação aos destinos das exportações do agronegócio brasileiro, a liderança permanece com a China (US$ 20,47 bilhões), seguida pela União Europeia (US$ 8,36 bilhões), Estados Unidos (US$ 3,04 bilhões), Tailândia (US$ 1,06 bilhão) e Japão (US$ 1,03 bilhão).

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