Silício previne o cancro da haste na soja

Créditos Ana Maria Diniz

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 07h00

Última atualização em 22 de janeiro de 2015 às 07h00

Acompanhe tudo sobre Ferrugem, Manejo Integrado, Pulverização, Traça, Vagem e muito mais!

Fernando Cezar Juliatti

Professor do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Uberlândia

juliatti@ufu.br

Silício previne o cancro da haste na soja - Crédito Ana Maria Diniz
Silício previne o cancro da haste na soja – Crédito Ana Maria Diniz

O cancro da haste da soja causa diversos sintomas à soja, como necrose inicial na haste e destruição interna da medula da planta. Em consequência, as folhas da parte inferior da planta ficam arroxeadas.

Condições para a doença

Sementes doentes ou infectadas e restos vegetais de soja no campo e contaminados são condições propícias para o cancro da haste, assim como alta umidade e temperaturas noturnas abaixo de 20ºC e diurnas acima de 25ºC.

Prejuízos

Nos dias atuais, os prejuízos dados pelo cancro da haste são mínimos, uma vez que temos resistência genética na planta que confere imunidade, principalmente em relação à espécie Diaporthe phaseolorum f.sp. meridionais. Mas, tem-se o risco de entrada no Brasil das duas outras espécies via sementes importadas – Diaporthe phaseolorum f.sp. caulivora (da Argentina) e Diaporthe phaseolorum f.sp. sojae., caso não se observe as barreiras fitossanitárias (ambas são pragas qaurentenárias A1).

Benefícios do silício

O silício aumenta a resistência da planta à penetração do fungo (espessura da epiderme – depósitos de silício) ou induz a planta a desenvolver substâncias fenólicas de resistência, como as fitoalexinas.

No solo, o produto deve ser utilizado na forma em pó granulada junto com o adubo de semeadura ou em pulverização foliar junto com os fungicidas na fase vegetativa, para prevenir a infecção. Podem ser utilizadas as fontes de silicato de potássio ou magnésio, sendo que a dose varia conforme o fabricante e a concentração do produto.

Custo da aplicação

O custo do produto depende do número de aplicações via foliar, que devem ser repetidas a cada 15 dias. Via solo, o silício auxilia também na correção do solo.

O ideal é que seja feito o manejo integrado de doenças de plantas, como forma de prevenção. O silício e os silicatos são uma ótima alternativa para prevenção de doenças como o cancro da haste, antracnose, seca da haste e da vagem (Phomopsis sojae) e da mancha alvo, além da ferrugem da soja.

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