Sequestro de bezerros reduz custos operacionais e aumenta margem de lucro na pecuária de corte

Estratégia tem sido adotada especialmente durante períodos de seca e ajuda a preservar a qualidade das pastagens
Acompanhe tudo sobre Bezerros, pecuária de corte e muito mais!
Divulgação

A redução de custos operacionais, sem prejuízos para a saúde dos bezerros e com preservação da qualidade das pastagens, é um dos desafios dos produtores da pecuária de corte, que têm buscado estratégias para enfrentar esses obstáculos e ainda aumentar a margem de lucro. Uma técnica que tem sido adotada pelos criadores é o chamado sequestro de bezerros, aplicada principalmente durante os períodos de seca, que encurta a recria e o ciclo produtivo desses animais.

“O sequestro é realizado por um período entre 90 e 120 dias, durante a transição da época da seca para as chuvas, quando os bezerros são colocados em confinamento com cochos e bebedouros, preservando a pastagem e reduzindo custos operacionais. Essa estratégia otimiza o ganho de peso dos animais, que varia entre 400 e 1000 gramas por dia, nesse período”, destaca o médico-veterinário e diretor de Operações da Connan, Márcio Bonin.

A técnica tem sido usada para combater um dos maiores problemas da pecuária de corte no Brasil, que é o longo tempo do período da recria, quando os animais permanecem na propriedade, gerando altos custos operacionais. Entre as vantagens do sistema estão: o melhor aproveitamento do pasto, o ganho de peso acelerado, a redução de custos operacionais e a melhor saúde dos animais, uma vez que os bezerros recebem cuidados mais intensivos, o que contribui para seu bem-estar. “A duração do sequestro e seus resultados podem ser variados, considerando as práticas específicas de cada fazenda e as condições locais”, observa Bonin.

Para que o sequestro tenha o resultado esperado, o médico-veterinário explica que a alimentação deve ser balanceada, para fornecer os nutrientes necessários ao crescimento saudável dos animais que também precisam estar sempre hidratados, com acesso livre à água limpa e fresca. O espaço deve ser confortável, com boa ventilação e cama seca. Do ponto de vista da saúde, é preciso haver atenção quanto às doenças e parasitas, com vacinação e vermifugação seguidas dentro de um cronograma adequado.

Após o período de sequestro, o manejo continua sendo fundamental para garantir o melhor desenvolvimento dos animais. Por isso, o produtor precisa acompanhar o ganho de peso, e se houver necessidade, fazer ajustes no nível de suplementação e no manejo. Bonin também explica que a transição precisa ser gradual. “Se os animais serão recriados ou engordados em pasto, após o sequestro, adote uma dieta que simule os ganhos do período de aguas para evitar choques alimentares, sempre lembrando que a estratégia de manejo pode variar de acordo com as necessidades de cada produtor”, finaliza.

Participe do Nosso Canal no WhatsApp

Receba as principais atualizações e novidades do agronegócio brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Últimas publicações

1

Uva: inovações no manejo da mosca-branca

2

Cultivo de goiaba garante sucessão na região Central de Minas Gerais 

3

John Deere desenvolve soluções que reduzemos efeitos da cintilação em máquinas agrícolas

4

Entregas de fertilizantes cresceram 10,7% de janeiro a julho de 2025

5

Cafeicultura: Jacto aposta em inovação e mecanização

Assine a Revista Campo & Negócios

Tenha acesso a conteúdos exclusivos e de alta qualidade sobre o agronegócio.

Publicações relacionadas

PG 70 a 71 - Foto 01 (Pequeno)

Uva: inovações no manejo da mosca-branca

John Deere (Médio)

John Deere desenvolve soluções que reduzemos efeitos da cintilação em máquinas agrícolas

Arquivo

Entregas de fertilizantes cresceram 10,7% de janeiro a julho de 2025

Divulgação

Potássio, cálcio, boro e enxofre na cultura do trigo: como esses nutrientes influenciam na qualidade e produtividade