Rede de Agricultura de Precisão completa trilogia com livro focado em pesquisas na era digital

Publicado em 25 de novembro de 2024 às 11h23

Última atualização em 25 de novembro de 2024 às 11h23

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Foto: DALL·E-ChatGPT

Considerado pela presidente da Embrapa Silvia Massruhá como um divisor de águas, o terceiro livro da Rede de Agricultura de Precisão da Embrapa e instituições parceiras traz como novidade os resultados de estudos sobre o uso de agricultura de precisão e digital na pecuária e em sistemas integrados, como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). “Agricultura de Precisão: Um Novo Olhar na Era Digital” será lançado nesta segunda-feira, 25, às 15h30, no Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto (SP), no Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão e Digital (ConBAP).

Realizado pela Associação Brasileira de Agricultura de Precisão e Digital (AsBraAP), a 10ª edição do ConBAP segue até o dia 27 com o tema central focado em tecnologias para uma agricultura sustentável e de alta performance.

Esta edição do livro, que fecha a trilogia da Rede AP, reúne resultados expressivos alcançados em pesquisas desenvolvidas nas principais cadeias produtivas do agro brasileiro e em diferentes biomas nos últimos 15 anos. Apoiado pela Câmara Temática de Agricultura Digital da Rede ILPF, a obra oferece suporte a professores, pesquisadores, estudantes de pós-graduação e graduação, produtores e prestadores de serviço do setor agrícola, e demais interessados no tema.

Para a presidente da Embrapa, ao reunir tecnologias e resultados efetivos, obtidos na aplicação de agricultura de precisão e digital no cultivo de grãos, plantas perenes e na pecuária, a obra será de utilidade extrema para diferentes públicos.

“Este livro, na forma como seu conteúdo está magistralmente organizado e apresentado, surge como um divisor de águas no tema e será fundamental para renovar os laços de ciência e empreendedorismo, pilares que sustentam a eficiente e competitiva agricultura brasileira há décadas”, afirma a presidente em texto de apresentação no livro.

Avanço do conhecimento

Com o objetivo de apresentar os resultados de pesquisa da Rede AP e instituições parceiras, o livro com 600 páginas conta com 90 capítulos distribuídos em cinco seções – culturas anuais, perenes, pecuária, sistemas integrados e tecnologias. São cerca de 300 autores de 20 instituições, públicas e privadas, nacionais e internacionais, que durante dois anos atuaram em diversas frentes de trabalho para dar forma e materializar a obra disponível on-line e gratuitamente aqui.

O pesquisador da Embrapa Instrumentação, Luís Henrique Bassoi, um dos membros do comitê editorial do livro, lembra que o uso da agricultura digital junto com a agricultura de precisão avançou muito desde o segundo livro.

“A publicação atual apresenta pesquisas realizadas no formato on-farm (o experimento ocorre em áreas de produção) em cultura de algodão, milho, soja, trigo, cana-de-açúcar, pastagem, videira, macieira, bem como metodologias, tecnologias habilitadoras e portadoras de futuro com potencial disruptivo, que contribuem para a gestão da variabilidade das propriedades brasileiras, elevando-as a um novo patamar de produção, de forma sustentável”, diz .

Além de Bassoi, o comitê editorial do livro publicado pela editora Cubo é composto pelos pesquisadores Carlos Manoel Pedro Vaz, Lúcio André de Castro Jorge, Ricardo Yassushi Inamasu (Embrapa Instrumentação, São Carlos/SP); Alberto Carlos de Campos Bernardi (Embrapa Pecuária Sudeste, também de São Carlos); João Leonardo Fernandes Pires (Embrapa Trigo, Passo Fundo/RS) e Luciano Gebler (Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves/RS).

Pertinência do olhar digital

O professor do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), José Paulo Molin, que assina o prefácio da obra, diz que é muito pertinente esse olhar para a era digital, pois a agricultura de precisão, que produziu as primeiras inserções digitais no campo, depende fortemente dos avanços nas soluções digitais para alavancar práticas de campo ao mesmo tempo mais assertivas e escaláveis.

“A obra contempla e destaca essa transição e ao mesmo tempo, convenientemente, mantém aqueles agrupamentos (tecnologias, culturas anuais, culturas perenes) e avança em novas frentes”, reforça o professor.

Trabalho em rede

Em uma década e meia, os três livros produzidos pela Rede de Agricultura de Precisão da Embrapa e instituições parceiras, criada em 2009 e composta por universidades, empresas privadas, fundações, institutos de pesquisas e centros da própria Embrapa, apresentaram mais de 200 estudos desenvolvidos em campos experimentais com culturas perenes e anuais, distribuídos pelo território nacional. As obras somaram mais de 1500 páginas e geraram uma ampla base de conhecimento no tema, disponíveis gratuitamente.

O trabalho em rede enfrentou desafios, antecipou tendências, contribuiu para disseminar o conceito da agricultura de precisão (AP) e impulsionou a adoção da técnica entre produtores brasileiros, que deixaram de ver a propriedade como um campo uniforme, para enxergar as diferenças em cada talhão.

“Assim, com a incorporação da AP, produtores rurais passaram a aplicar insumos de forma racional, para reduzir custos, riscos de degradação ambiental e aumentar a produtividade, como mostrou estudos recentes em culturas de milho e algodão. Em fazendas de Mato Grosso e Paraná, a recomendação de semeadura em taxa variável gerou ganhos de produtividade de até 8%, no milho, e 3%, no algodão”, afirma o chefe-geral da Embrapa Instrumentação, José Manoel Marconcini.

Ele lembrou que obra “Agricultura de Precisão: Um Novo Olhar na Era Digital”, que fecha a trilogia, iniciada em 2011 com o livro “Agricultura de Precisão um Novo Olhar”, seguido pelo livro “Agricultura de Precisão Resultados de um Novo Olhar”, de 2014, é um marco na história de 40 anos da Embrapa Instrumentação, a serem completados no dia 18 de dezembro.

“O tema é de extrema importância para o desenvolvimento da agricultura brasileira, pois incorpora resultados de pesquisa com tecnologias avançadas em drones, automação, geoprocessamento, irrigação de precisão, entre outras que contribuem para mantermos a produtividade da agricultura brasileira”, reforça.

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