Qual a oferta de genética de repolhos no Brasil?

Qual a oferta de genética de repolhos no Brasil?
Qual a oferta de genética de repolhos no Brasil?

Publicado em 12 de fevereiro de 2020 às 08h10

Última atualização em 12 de fevereiro de 2020 às 08h10

Acompanhe tudo sobre Cigarrinha, Colheita, Hérnia, Nutrição, Plantio, Preparo de solo, Rentabilidade, Repolho, Rotação de cultura, Semente, Solo, Traça e muito mais!

Autor

Paulo Christians
Diretor da Bejo Sementes do Brasil
Crédito Shutterstock

Muitos nos perguntam o porquê da tão limitada oferta de genética diferenciada de repolhos no Brasil. Perguntam porque sabem que somos muito atuantes nessa cultura na Europa e em muitas outras importantes regiões produtoras.

Talvez a boa resposta passe pela baixa tecnificação e, portanto, rentabilidade da cultura. Muitas vezes o repolho no Brasil é plantado com pouco trato cultural, aproveitando-se os restos de adubos no solo, provenientes da cultura anterior.

A traça e as cigarrinhas requerem muito controle, tanto do próprio campo de produção como das áreas vizinhas. Nem sempre o pequeno produtor se atenta suficientemente a seus controles.

A rotação de culturas é fundamental para evitar tantos problemas sérios provenientes do solo, como a hérnia. Mas, o repolho ainda é uma das hortaliças mais baratas que se encontram nas feiras ou supermercados e, por isto, é amplamente consumido. E por ter grande aceitação, é muito plantado.

Muitas são as dificuldades para quem quer produzir repolhos de qualidade e ainda assim conseguir uma rentabilidade interessante. Os custos não são baixos para quem segue as receitas de tantos especialistas, desde o preparo de solo, passando pela produção de boas mudas, fazendo o correto controle de pragas e tomando medidas para que o produto chegue em boas condições ao consumidor.

Revolução tecnológica

Seguindo na busca de uma boa resposta à pergunta sobre a baixa oferta de genética, cremos que a cultura do repolho precisa passar por uma revolução tecnológica, que permita o investimento necessário e garanta rentabilidade a toda a cadeia, oferecendo assim uma qualidade superior ao mercado.

Estamos vendo surgir alguns projetos muito interessantes de plantio adensado, transplante e colheitas automatizadas e excelentes programas de manejo de pragas e nutrição. Será necessário ainda uma melhora grande no resto da cadeia, da porteira da fazenda à prateleira do mercado.

E, por que somos apoiadores dessa revolução tecnológica? Porque somente as boas práticas permitirão a rentabilidade do setor e, assim, estimularão o desenvolvimento de genética cada vez mais adaptada às nossas condições, que não são fáceis para o repolho. Como em tantas outras culturas, híbridos de ponta garantem a boa produção em mercados cada vez mais exigentes, sob condições cada vez mais adversas.

Concluindo: um grande mercado, como o brasileiro, só pode ser atendido com boas práticas e genética adaptada. A rentabilidade patrocina a pesquisa e gera resultados a todos.

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