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Proteger polinizadores = mais produtividade da soja — Revista Campo & Negócios

Proteger polinizadores = mais produtividade da soja

A fecundação de plantas próximas às colmeias pode representar um aumento de produtividade médio de 13%.

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Acompanhe tudo sobre Abelha, Soja e muito mais!

Fernando Henrique Iost Filho
fernando@smartmip.com.br
Dyrson Abbade Neto
dyrson.neto@bayer.com
Doutores em Entomologia – USP/ESALQ
Pedro Takao Yamamoto
Doutor em Agronomia/Produção Vegetal – UNESP Jaboticabal
pedro.yamamoto@usp.br

A soja é classificada como uma planta autógama e autopolinizável, ou seja, tem a capacidade de realizar sua autopolinização.

A literatura mostra que a polinização cruzada ocorre em taxas baixas, próximas a 2%. No entanto, em condições tropicais, nas primeiras horas após a abertura das flores, podem ocorrer visitas de polinizadores.

Essas visitas podem ser vantajosas para os dois lados, de forma que os polinizadores adquirem substâncias necessárias ao seu desenvolvimento, como pólen, néctar, óleos essenciais, entre outros, enquanto a planta é beneficiada pelo aumento da taxa de polinização.

Mais produtividade para a soja

Na agricultura tropical, existe uma série de espécies de plantas nativas que são mais atrativas para as abelhas do que as flores de soja. Ainda assim, estudos realizados pela Embrapa mostram que a presença dos polinizadores pode aumentar a taxa de fecundação, sendo comum encontrar pelo menos mais um grão por vagem de soja em áreas com maior presença de visitantes florais.

Em cenários específicos, esse incremento de fecundação de plantas próximas às colmeias pode representar um aumento de produtividade médio de 13%, de acordo com estudos da instituição.

Proteção dos polinizadores

Um ponto fundamental quando tratamos de inimigos naturais e polinizadores é a conservação desses organismos nas áreas de produção, exercendo suas funções primordiais de manutenção das pragas abaixo dos níveis que causam danos econômicos e da polinização das plantas, que é importante até nas plantas autógamas, como a soja.

A adoção do manejo integrado de pragas (MIP) é medida fundamental para alcançar a sustentabilidade e a conservação de inimigos naturais e polinizadores. Realizando o monitoramento de pragas, alicerce dos programas de MIP, que define qual praga está ocorrendo e se essa atingiu o nível de controle, pode-se controlar as pragas nos momentos em que realmente é necessário.

Além disso, é possível escolher produtos fitossanitários menos nocivos aos polinizadores e racionalizar a aplicação de produtos fitossanitários, principalmente os inseticidas, que podem ter grande impacto sobre os polinizadores.

Fase a fase

As práticas de manejo variam conforme as fases da cultura da soja, mas para produtos que possam apresentar risco para polinizadores, as bulas dos produtos fitossanitários apresentam recomendações de proteção. As principais práticas são:

Fase inicial (tratamento de sementes):

– Realizar preferencialmente tratamento industrial, considerando que as sementes já serão adquiridas tratadas, realizando a aplicação do produto em combinação com um revestimento de sementes de alta qualidade;

– Durante o plantio, é recomendado o uso de defletores ou filtros no equipamento de plantio, retendo a poeira ou redirecionando-a para o solo. Manusear sacos ou recipientes com sementes tratadas com cuidado para evitar a formação de poeira devido ao esforço de movimentos desnecessários, como vibrações, tremores, quedas, despejos e tombamento. Evitar condições muito secas e vento durante o plantio.

• Aplicações foliares:

– Não aplicar produtos fitossanitários que podem apresentar risco para abelhas em momento de floração, incluindo a presença de botões florais;

– Evitar que a deriva da pulverização atinja outras culturas ou plantas atrativas para abelhas;

– Não aplicar tais produtos quando ervas daninhas atraentes para abelhas estiverem florescendo na cultura, ou remover ervas daninhas em floração antes da aplicação;

– Caso haja conhecimento de apicultores nas áreas vizinhas à pulverização, antes da aplicação informar para que o apicultor remova, cubra ou proteja as colmeias imediatamente adjacentes ao local da aplicação;

– Realizar as aplicações conforme as boas práticas agrícolas (respeitando a velocidade correta do vento, umidade, temperatura, entre outros fatores necessários para que as aplicações sejam otimizadas), evitando que a pulverização seja feita durante o período em que as abelhas apresentam maior forrageamento.

Riscos associados ao uso inadequado de pesticidas

O uso inadequado dos pesticidas pode levar aos efeitos colaterais, que são indesejáveis tanto para o agroecossistema como para o ecossistema. Quanto aos efeitos no ecossistema, a eliminação dos polinizadores, tanto abelhas com e sem ferrão, merece destaque e preocupação.

Portanto, o principal risco é a eliminação dos polinizadores, que estão presentes no momento de florescimento da soja. Para evitar esses riscos, a adoção de programas de MIP é essencial, possibilitando a redução dos impactos sobre os predadores, aplicando os pesticidas somente quando necessários e elegendo aqueles com menor impacto sobre os polinizadores.

Muitos inseticidas apresentam efeito sobre os polinizadores, alguns sendo mais nocivos e outros menos. No período de florada, esses com efeito mais nocivo devem ser evitados para não comprometer a polinização da soja.

Por outro lado, existem pesticidas comprovadamente inócuos aos polinizadores. Ainda assim, para os que apresentam risco, deve-se respeitar as recomendações de bula conforme mencionado anteriormente.

Caso não sejam respeitadas tais recomendações, a aplicação durante o florescimento da soja pode resultar em efeitos colaterais, ou até a morte em diferentes espécies de visitantes florais da cultura.

Apesar da baixa taxa de polinização cruzada na cultura da soja, esse efeito nos polinizadores pode interferir também no processo de polinização de outras culturas vizinhas.

Estratégias de controle biológico

A integração de diferentes estratégias de controle é essencial para uma agricultura sustentável. Nesse aspecto, o uso de ferramentas não-químicas contribui muito para diminuir o impacto sobre os polinizadores, principalmente na época de floração e nas zonas tampão.

O controle biológico, exercido pelos agentes micro e macrobiológicos, não apresenta impacto sobre os polinizadores ou são de baixo impacto, preservando-os. Os macrobiológicos, principalmente os parasitoides, são específicos e não apresentam efeito sobre os predadores.

Os microbiológicos também apresentam baixo impacto, e podem ser, juntamente com os macros, utilizados nos períodos de florada e de ocorrência dos polinizadores.

Os agentes de controle biológico são excelentes opções para controle de pragas nesse período, mas existem outras ferramentas que também podem ser incorporadas em programas de MIP, contribuindo para a conservação dos polinizadores, tais como controle comportamental, varietal, genético e cultural/físico/legislativo.

Se essas opções estão disponíveis para controle de pragas da soja, devem ser utilizadas em substituição ou integradas aos inseticidas químicos.

Monitoramento da presença de polinizadores

A avaliação dos polinizadores, na grande maioria das vezes, é visual, pela observação das espécies presentes e em atividade na cultura da soja, verificando seus padrões de visitas nas flores de soja.

Ainda assim, para estudos específicos, pode-se utilizar rede entomológica e armadilhas coloridas com água e detergente para atraí-los e coletá-los para posterior identificação.

Campos de soja instalados próximos a habitats naturais tendem a apresentar aumento no número de visitas de polinizadores. No entanto, os registros mais recentes apontam para uma diminuição na densidade e diversidade de polinizadores. Hoje, a espécie mais comum é Apis melifera, em detrimento às espécies nativas.

Como atrair os polinizadores

Para criar ambientes mais favoráveis aos polinizadores, algumas práticas recomendadas são:

1) Manutenção de áreas preservadas e protegidas de acordo com o código florestal;

2) Plantio de culturas vizinhas com diferentes épocas de floração como milho e algodão, girassol por exemplo;

3) Monitoramento e remoção de espécies de plantas daninhas dentro das lavouras de soja, impedindo que os polinizadores sejam atraídos no momento das pulverizações;

4) Respeito às distâncias de segurança entre a área aplicada e áreas de mata, conforme recomendação de bula.

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