Período de frutificação do café requer manejo nutricional e fitossanitário

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 13h52

Última atualização em 26 de janeiro de 2016 às 13h52

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Fornecimento de nutrientes minimiza efeitos causados por estresses ambientais como o excesso de chuvas

Café frutificaçãoOs resultados de qualidade e produtividade do café dependem de um conjunto de fatores. Entre eles, está o desenvolvimento da planta durante a frutificação, fase em que a cultura se torna mais sensível a estresses biológicos. Para garantir uma boa colheita este ano, os produtores devem estar atentos aos cuidados exigidos no primeiro trimestre, como salienta o engenheiro agrônomo Marcos Revoredo, gerente técnico de hortifruti da Alltech Crop Science.

“As plantas de café arábica, por exemplo, demoram em média dois anos para completar o ciclo de frutificação. Nesse tempo, ocorre a granação, que é a formação do grão, agora em janeiro, fevereiro e março. Mas também se formam as gemas foliares, que vão influenciar na próxima floração, crescimento, granação e maturação do grão. Então, a granação que está acontecendo nos frutos agora é reflexo do tratamento feito anteriormente, desde o ano passado“, explica.

Segundo Revoredo, condições adversas como variações de temperatura, deficiências nutricionais e excesso de umidade do solo prejudicam a formação final dos grãos. “A capacidade produtiva da planta pode ser afetada por questões como a absorção de nutrientes ou doenças na parte aérea. O estresse biológico provocado por patógenos pode causar o aumento na porcentagem de grãos chochos, o que prejudica a produtividade e qualidade. Por isso, a aplicação de aminoácidos estimula a capacidade da planta de se aproximar do seu potencial produtivo“, afirma.

Para minimizar esses efeitos, o engenheiro agrônomo destaca a importância da complementação dos cultivos com nutrientes como potássio e elemento Cobre. “O potássio está envolvido no processo de translocação de assimilados, o enchimento dos frutos. Já o manejo de Cobre reduz a incidência de doenças bacterianas, que têm ocorrido principalmente em Minas Gerais e São Paulo, devido ao excesso de chuvas enfrentado esse ano em decorrência do El Niño“, observa Revoredo.

No Estado mineiro, os benefícios do manejo nutricional e fitossanitário têm sido comprovados pelo consultor de café Cledson Morais, que atua na região Sul de Minas, São Paulo e Cerrado. “O fornecimento de potássio e Cobre é de extrema importância. Uma das vantagens que temos constatado é a proteção contra doenças. E outra é o enchimento de grãos, porque uma condição de grãos mais densos garante um preço superior de mercado“, ressalta.

 

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