O solo e sua necessidade de regeneração

Agrivalle, empresa do segmento de bioinsumos (produtos biológicos, nutrição vegetal, ...
Solo - Crédito: Shutterstock

Publicado em 30 de julho de 2021 às 15h32

Última atualização em 30 de julho de 2021 às 15h32

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Solo – Crédito: Shutterstock

Na quarta edição do Agro em Debate, Thales Facanali, conta sobre +biota e o quanto o solo está carente de microrganismos benéficos

Agrivalle, empresa do segmento de bioinsumos (produtos biológicos, nutrição vegetal, adjuvantes e inoculantes), realizou no dia 29 de junho a quarta edição do Agro em Debate sobre os impactos da sustentabilidade para o sojicultor.

Na oportunidade Thales Facanali, gerente de desenvolvimento de mercado da Agrivalle, trouxe a importância de se olhar para a regeneração do solo com o uso dos bioinsumos, para que se tenha alta produtividade na cultura da soja. 

Para exemplificar melhor o que acontece nos solos produtivos do país, Thales trouxe o programa +Biota da Agrivalle, que tem como objetivo principal a coleta, estudo e caracterização dos problemas encontrados no solo dos produtores rurais. “Iniciamos esse projeto olhando para os patógenos no solo do produtor no estado do Goiás, coletando solo nas mais variadas áreas de produção. E neste mapeamento, que foi de 2020 até 2021 em parcerias com Institutos e Instituições, encontramos que o solo apresenta grandes concentrações dos fitopatógenos Fusarium oxyspora e Fusarium solani, Macrophomina spp. e Rhizoctonia solani, neste cenário, buscamos correlacionar esses resultados com as análises das atividades enzimáticas do solo, a fim de elucidar a diversidade microbiota existente em cada área”, explica Thales. 

Dos estudos realizados, segundo Facanali, somente 5% dos solos não apresentam nenhuma ocorrência de Fusarium oxyspora, Fusarium solani e Rhizoctonia solani, enquanto grande parte apresentou risco de moderado a muito alto de tais doenças apresentarem sintomas nos cultivos, o que significa um solo carregado de patógenos. Destes, apenas 10% não tiveram a presença de Macrophomina spp, o que significa que 90% tinham a presença desta, que é uma doença silenciosa e potencializada por estímulos ambientais.

“Olhando o solo em quase todos os locais amostrados, conseguimos verificar uma baixa variação na atividade microbiana, e isso significa que é necessário o repovoamento e enriquecimento da diversidade microbiana deste solo, tais microrganismos benéficos vão ser potencializadores dos resultados positivos para a saúde e crescimento das plantas” explica. 

Para criar um solo apto à produtividade, significa que é muito importante a estimulação através de um mix de microrganismos para que se haja um amplo espectro de ação e dessa forma Thales recomenda:  “olhem para o solo e façam a análise do que compõem esse solo, não somente a análise física e química, mas também a biológica. Ela com certeza te mostrará tudo o que você tem naquele solo, para ajudar o produtor a tomar a melhor decisão na utilização das ferramentas de controle. A preparação do solo é muito importante e, com a demanda por mais toneladas produzidas, será cada vez mais necessário melhorarmos nossa produtividade. Recomendamos a utilização de biofungicidas, nematicidas biológicos, inoculantes associados a bioestimulantes orgânicos para estimular a diversidade de benefícios para a planta e solo, visando respostas em produtividade. Afinal, um mix de microrganismos terá maior chance de controle das diversas doenças e nematóides existentes no solo, do que em comparação apenas uma ferramenta”

Para as pessoas que não conseguiram assistir a transmissão do evento, a palestra poderá ser acessada pelo canal do Youtube da Agrivalle em: www.youtube.com/agrivallebrasil  

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