Nitrogênio líquido de liberação lenta mostra maior eficiência

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Publicado em 30 de dezembro de 2017 às 19h57

Última atualização em 30 de dezembro de 2017 às 19h57

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Diego Henriques Santos

Engenheiro agrônomo da CODASP – Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo/Regional Noroeste

dihens@bol.com.br

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O milho é considerado uma das principais espécies cultivadas no País, visto que, anualmente, são cultivados cerca de 15 milhões de hectares, os quais contribuem para a produção de mais de 80 milhões de toneladas do grão.

O nitrogênio é um dos nutrientes que apresentam os efeitos mais expressivos no aumento da produção, com grande importância como constituinte de moléculas de proteínas, enzimas, coenzimas, ácidos nucleicos e citocromos, além de sua importante função como integrante da molécula de clorofila.

A forma de aplicação do nitrogênio pode influenciar o seu aproveitamento pelas plantas. A aplicação de ureia a lanço sobre o solo, por exemplo, que é a forma comumente usada pelos produtores devido à maior facilidade de aplicação e ao rendimento operacional, pode resultar em grandes perdas de nitrogênio, por volatilização e danos foliares, bem como imobilização do nitrogênio mineral pelos microrganismos quimiorganotróficos, para a decomposição dos resíduos vegetais presentes no solo.

Já o nitrogênio líquido de liberação lenta apresenta vantagens como economia, praticidade e rendimento. Este evita requeima e as folhas se mantêm sadias. Há, ainda, vantagens na otimização das operações agrícolas, já que a aplicação do nitrogênio líquido pode ser realizada junto com outros defensivos. Isso significa que não é necessário criar uma nova operação com máquinas e implementos pesados na lavoura, que acarretam em mais horas de trabalho, maior consumo de óleo diesel e maior compactação do solo.

Na hora certa

Os adubos nitrogenados líquidos devem ser pulverizados no momento de maior demanda do milho - Crédito Shutterstock
Os adubos nitrogenados líquidos devem ser pulverizados no momento de maior demanda do milho – Crédito Shutterstock

Os adubos nitrogenados líquidos devem ser pulverizados no momento de maior demanda do milho, do estádio V10 até o estádio de pré-pendoamento.

Produtores de milho safrinha no Estado de São Paulo estão relatando bons resultados obtidos com o uso de adubos líquidos à base de nitrogênio. Por estar na forma líquida e em composição, que faz o nutriente se fixar nas folhas, a liberação do nitrogênio é gradativa.

Dentro da planta, aproximadamente 70% é prontamente disponível, enquanto os 30% estão em moléculas maiores que vão sendo disponibilizadas para as plantas gradativamente, proporcionando ganhos de 15 a 30%.

Dosagem recomendada

O produto pode ser aplicado por meio de pulverizações foliares. A dosagem depende do produto comercial, devendo ser consultado o rótulo e as indicações do produto. No geral, variam de três a cinco litros por hectare, com duas a três aplicações durante o desenvolvimento vegetativo e pré-pendoamento.

Um engenheiro agrônomo ou técnico responsável deve sempre ser consultado para melhor aproveitamento do potencial dos produtos.

Investimento x retorno

Em função da redução do trânsito de máquinas na área, com economia de combustível, redução da mão deobra em relação à aplicação tradicional, redução dos custos com estrutura de armazenamento para fertilizantes e de perdas por lixiviação e volatilização, os adubos líquidos de liberação lenta à base de nitrogênio possuem excelente relação custo-benefício.

Essa matéria você encontra na edição de janeiro 2018 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

 

 

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