Nanossatélites podem combater desmatamentos e queimadas

Está na hora do Brasil criar sua própria constelação de nanosatélites para monitorar a Amazônia, o Cerrado e outros Biomas, diz o especialista José Damico, da SciCrop.

Publicado em 26 de abril de 2023 às 10h41

Última atualização em 26 de abril de 2023 às 10h41

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Foto Depositphotos

Será que o Brasil sabe monitorar corretamente seus índices de desmatamento via satélite? E quanto ao turismo espacial no nosso país e fora dele, como será nos próximos anos? Essas são duas perguntas complexas envolvendo tecnologias de última geração e, justamente pela importância da temática que as envolve, serão o tema central de alguns dos espaços de discussão das feiras Space BR Show e Mundogeo Connect de 2023, dois eventos que acontecem neste mês e visam ampliar o debate sobre o uso de recursos tecnológicos na atualidade e reúnem diversos especialistas em Tecnologia da Informação.
 

Para o CEO da Agtech SciCrop, José Damico – que é um dos grandes nomes a participar dos eventos – os satélites utilizados para mapear os índices de desmatamento no Brasil não são os ideais, porque não são capazes de passar as informações com precisão. Este será um dos assuntos abordados pelo executivo na Mundogeoconnect, dentro Seminário Geotecnologias no contexto do meio ambiente e créditos de carbono, no bloco “Nanosatélites no combate ao desmatamento e queimadas ilegais”, que acontece no dia 11 de maio, das 16h30 às 17h00, no Centro de Convenções Frei Caneca.
 

“As autoridades brasileiras utilizam dados de satélites internacionais para avaliar os índices de desmatamento, mas a maior parte deles trabalha com monitoramento por imagens. Como o nosso território é encoberto por muitas nuvens durante longos períodos, esse tipo de tecnologia apenas com instrumentos óticos, é insuficiente para as demandas de monitoramento de nosso país.. Já passou da hora do Brasil criar sua própria constelação de nanosatélites para monitorar a Amazônia, o Cerrado e outros Biomas, sejam com imagens ou tecnologia de radar. Nanosatélites são menos custosos e podem ser focados em mapeamento por calor e captação de sinais por diferentes tipos de ondas, o que é muito mais eficiente para o nosso caso do que os atuais satélites de grande porte que existem. Mesmo com o recente lançamento do VCUB, estamos atrás de outros países e demoramos demais em nossas iniciativas com estas características”, pontua.
 

Quanto ao turismo espacial, Damico afirma que o setor está crescendo graças às grandes empresas que estão investindo na novidade. Durante a Space BR Show, no painel “Novas Oportunidades de negócios no setor espacial: turismo e recursos espaciais”, que acontece no dia 10/04 às 10h00, ele falará sobre os projetos de iates espaciais e outras possibilidades de viagens de lazer ao espaço.
  “Hoje, temos grandes companhias focadas em turismo espacial, como Space X, Blue Origin e a chinesa CAS Spce, por exemplo. As possibilidades de inovação dentro deste segmento são gigantescas, mesmo com todas as dificuldades que ainda existem para operar um negócio no ramo, que inclusive levou ao pedido de falência da Virgin Orbit”, finaliza.

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