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Murcha-de-fusarium em feijoeiro

A murcha-de-fusarium é um desafio a ser vencido no cultivo do feijoeiro, mas com manejo adequado é possível garantir a saúde das plantas.

Publicado em 30 de maio de 2023 às 11h11

Última atualização em 30 de maio de 2023 às 11h11

Acompanhe tudo sobre FEIJÃO, Manejo, Murcha, Murcha-de-fusarium e muito mais!

Vanessa Santos Soares
Engenheira agrônoma e analista de sementes
vanessa02soares@gmail.com

A murcha provinda do fungo Fusarium oxysporum f. SP. Phaseoli torna-se notória no feijoeiro a partir do florescimento e enchimento da vagem. O fungo, que sobrevive por tempo indeterminado no solo, chega até as plantas por meio de nematoides existentes em áreas contaminadas.

Eles causam feridas nas plantas e junto levam o fungo que, em contato com o sistema radicular, se desenvolve, até chegar ao xilema. Plantas jovens sendo atingidos seus crescimentos são comprometidas e reduzidas.

Crédito: Murillo Lobo

Sintomas

Chegando ao vaso condutor da planta, o fusarium causa escurecimento, em decorrência as folhas ficam amareladas, secam e logo caem. É bem visível no campo que o feijoeiro atingido perde sua turgescência nas horas mais quentes do dia.

Em caso de infecção severa, a planta murcha de maneira irreversível, e quando em áreas úmidas, pode-se observar próximo ao colo do feijoeiro a coloração rosada e cinza.

Diagnóstico

Inicialmente, pode ser feito o diagnóstico visual na própria área de cultivo por meio de observações dos sintomas e reações da planta. Em seguida, é recomendado encaminhar amostras para análise.

Um laboratório de fitossanidade de confiança do produtor poderá confirmar a diagnose do patógeno, processo esse fundamental para que não haja riscos de confundir com outra existente murcha.

Método de prevenção

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Dentre os meios de prevenção, o mais eficaz é evadir a entrada do patógeno em áreas livres de nematoides e da própria murcha-de-fusarium. Isso pode ocorrer por meio de sementes contaminadas, vento, maquinário agrícola e água de irrigação.

A realização da rotação de culturas com espécies de forrageiras de baquiária, a fim de descompactar o solo, é importante para que aumente a respiração das raízes, diminuindo as condições favoráveis ao fungo.

É válido ressaltar que a murcha-de-fusarium consegue se desenvolver normalmente em outras plantas sem apresentar sintomas, sendo as mais comuns a crotalária e guandu. Portanto, trabalhar com sementes tratadas, certificadas e melhoradas geneticamente é essencial.

Controle biológico

O Trichoderma é um fungo de produção assexuada, podendo ser encontrado em quase todas as temperaturas, com organismos de vida livre obtendo uma relação bilateral com as raízes, folhas e solo,  competindo por espaço, se tornando um predador.

O microparasita é capaz de detectar outros fungos e, em contato com o hospedeiro, enrola-se, produzindo apressórios que conseguem matar o Fusarium sp.

As espécies do Trichoderma, além de protegerem, têm também a capacidade de auxiliar no crescimento das plantas e melhorar significativamente sua produtividade.

Controle químico

Segundo a Agrofit, o controle químico da murcha-de-fusarium pode ser realizado por meio de sementes tratadas com os ingredientes ativos e grupo químico piraclostrobina (estrobirulina) e tiofanato-metílicos (benzimidazol).

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