O ecossistema de impacto social Mulheres Positivas acaba de lançar o Programa de Mentoria para Mulheres do Agronegócio (Mentoria Agro), iniciativa apoiada pela TIM e pela consultoria CMI Business Transformation. O programa foi criado para ampliar o desenvolvimento profissional feminino, fortalecer redes de apoio e promover conexões estratégicas entre mulheres que atuam em um dos setores mais relevantes da economia brasileira.
O lançamento ocorreu em novembro na sede da TIM, no Rio de Janeiro, com a presença de Fabi Saad, fundadora do Mulheres Positivas; Maria Antonietta Russo, vice-presidente de Pessoas e Cultura da TIM Brasil; e Maristella Iannuzzi, fundadora da CMI Business Transformation. “Capacitar mulheres no agronegócio é fortalecer uma das bases da economia brasileira, combinando tradição e inovação”, afirmou Fabi Saad.
A importância da Mentoria Agro se evidencia diante da força do próprio agronegócio: segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), o setor responde por 23% a 30% do PIB nacional e 26% dos empregos formais, enquanto dados do Ministério da Agricultura mostram que, em 2023, foi responsável por 49% das exportações brasileiras.
Dentro desse cenário, o protagonismo feminino cresce: o Censo Agro 2017 – Mulheres Rurais aponta que 1 milhão de mulheres estão à frente de empreendimentos agrícolas, liderando 19% das propriedades rurais e ocupando 34% dos cargos de gestão. Já o Relatório de Empreendedorismo Feminino do Sebrae (4º tri/2024), baseado na PNAD Contínua/IBGE, destaca que 5,5% das mulheres donas de negócios atuavam na agropecuária, totalizando cerca de 569 mil empreendedoras.
Para potencializar essa presença estratégica, a Mentoria Agro foi estruturada em frentes complementares. A primeira reúne quinze mentoras, executivas e especialistas com mais de dez anos de experiência no agronegócio, responsáveis por orientar e aconselhar diretamente quinze mentoradas, profissionais em nível pleno, com três a seis anos de atuação no setor.
A segunda frente amplia o alcance do programa por meio de uma comunidade colaborativa composta por 150 mulheres do agro, que participam de uma jornada coletiva virtual, dedicada à troca de experiências, ao debate de desafios técnicos e ao fortalecimento das conexões profissionais.
Com essa estrutura, o programa busca acelerar o crescimento das mulheres em um dos setores mais estratégicos do país, contribuindo para que sua participação, já significativa, evolua para posições de liderança e tomada de decisão no agronegócio.


