Importância da qualidade das mudas de abacates

Aumento da produção das frutas, extração de azeite, óleo e variedades comerciais são o caminho

Publicado em 12 de julho de 2023 às 09h00

Última atualização em 12 de julho de 2023 às 09h00

Acompanhe tudo sobre abacates, Mudas, Qualidade e muito mais!

Humberto Mateus Bertanha
Empresário e professor

Messias Bertanha
Empresário e engenheiro

Dimas Bertanha
Empresário

A grande demanda e a procura pelo abacate no Brasil vêm crescendo nos últimos anos. De acordo com estudos realizados em 2013, o país foi o oitavo colocado no ranking de produção mundial de abacates, com 159,9 mil toneladas.

Atualmente, está em 6º lugar, segundo dados divulgados. Em 2021 foram produzidas 300,8 mil toneladas, um aumento de 88,1% em oito anos. Conforme estudos, para ter uma excelente produção em quantidade e qualidade de frutas, as mudas de abacates são um fator determinante.

Foto: Viveiro São José

Derivados

O abacate é consumido in natura (consumo da fruta) e também pode ser processado na área industrial, como extração de azeite e etanol, visando à geração de biocombustível e fabricação de tintas.

Após a extração, o azeite também é utilizado por indústrias farmacêuticas e de cosméticos, devido ao alto teor de vitamina E em sua composição, o que lhe confere propriedades regenerativas e fácil absorção pela pele.

O azeite extraído também pode ser refinado e utilizado na culinária, e tem amplo espaço a ser explorado no mercado. Um hectare de abacate pode render até 2.800 litros de azeite, rendimento maior que o da soja, que é de 400 litros por hectare.

Entenda o processo

O azeite da fruta já é utilizado como tempero para saladas em regiões da Nova Zelândia, Canadá, Estados Unidos, Europa e no Brasil.

O óleo e o azeite de abacate podem ser extraído tanto da polpa quanto da semente, sendo o rendimento e as propriedades diferentes, pesando a mais para a polpa. Fazendo a análise da composição das variedades comerciais, é possível constatar que o avocado Hass apresenta maior potencial para extração de azeite, mas, segundo estudos, as variedades comerciais analisadas (Margarida, Fortuna, Quintal, Breda e Ouro Verde) também possibilitam extrair o azeite e o óleo.

Como é feita a extração

O processo de extração do azeite deve ser realizado quando os frutos estão maduros, isto é, com consistência amolecida. Conforme referências, descrevemos brevemente três formas que são utilizadas para extração do óleo e azeite.

O primeiro pode ser obtido de forma química, por meio de solventes. A permanência de resíduos no produto final limita essa forma na utilização em preparações alimentícias.

Outra opção para extrair o azeite e o óleo é a mecânica, por prensagem hidráulica (extração a frio), resultando em um produto de maior qualidade nutricional e pureza. Há, ainda, a centrifugação da polpa úmida, que extrai menor quantidade de óleo em comparação aos solventes, mas produz um azeite com maiores concentrações de antioxidantes.

Rendimento

O rendimento da extração do óleo do azeite e o teor de gordura da fruta podem variar e dependem de vários fatores, como o método de extração, época da colheita, tempo de amadurecimento, local, umidade, clima, qualidade da fruta e das mudas de abacate. Para a qualidade da fruta, são necessárias mudas de procedência e qualidade.

O aumento do consumo in natura ou por azeite tem aumentado no Brasil e em outros países, principalmente pela conscientização dos benefícios para a estética e saúde, na prevenção de doenças como inflamação crônica, hipertensão arterial, diabetes, asma, cardiopatias, doença de Alzheimer, doenças oculares, alguns tipos de cânceres, melhora no funcionamento do intestino, e ainda trazendo benefícios estéticos para a pele e cabelos.

Demanda

Essa conscientização levou ao aumento do consumo que, consequentemente, aumentou o plantio, pela demanda. Em outros países, o abacate é consumido de formas diferentes e em maiores quantidades em relação ao Brasil.

Foto: Viveiro São José

Atualmente, há investidores do exterior realizando o plantio de mudas de abacates por aqui, para suprir a demanda da exportação e de comercialização nacional. Devido à grande abrangência a ser explorada pelo mercado do abacate, seja in natura ou industrial, segundo estudos, há grande potencial de crescimento nos próximos anos.

A busca pelos mercados interno e externo está se mostrando uma vantajosa ferramenta de investimento. Há vários anos o Viveiro São José está contribuindo com o aumento desses dados. 

O sucesso

Para ter sucesso nesse investimento, é essencial começar de forma correta, o que vai repercutir durante todo o período produtivo da cultura. E tudo começa com as mudas, que devem ser de qualidade, para o ganho de produtividade, com sementes especificas e padronizadas.

Igualmente importante é o material para enxertia, que deve ser originado de matrizes produtivas. Outros fatores envolvem a formação de mudas de abacate, com a estrutura apropriada para o investidor ter no campo plantas produtivas.

Nesses últimos anos, o Viveiro São José fez parte de vários projetos de pesquisa em diversas universidades para estudos, pela qualidade que a empresa tem em produção de mudas. A empresa teve e está em grande ascensão, cultivando mudas produtivas, o que reflete em ganho de mercado, por meio de um trabalho direcionado em meio à natureza que, segundo seus proprietários, só foi possível por meio das bençãos de Deus.

A empresa

O Viveiro São José produz mudas de abacate de alto padrão e vende para o todo Brasil. Entre as centenas de variedades existentes, trabalha com sete variedades, que têm maior comercialização no mercado, sendo:

– Variedade Geada

– Variedade Fortuna

– Variedade Quintal

– Variedade Margarida

– Variedade Breda

– Variedade Avocado Hass

– Variedade Ouro verde

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