Guerra pode modificar formas de negociação no Agro

Com importações e exportações comprometidas, empresas podem receber incentivos para pesquisa de fertilizantes, além da busca de novos mercados

Publicado em 28 de março de 2022 às 15h40

Última atualização em 28 de março de 2022 às 15h40

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A guerra iniciada pela Rússia causa uma série de situações às demais nações, impactando desde áreas econômicas, sociais e rurais de vários países. No Brasil, a atenção se volta ao agronegócio, já que o país é o maior exportador de fertilizantes aos brasileiros, impactando diretamente, a safra 2022/2023. De acordo com dados da Comex Stat, da produção russa em 2021, cerca de 23% dos insumos foram importados pelo Brasil, que vê o momento com preocupação. 

Segundo Edgard Rodrigues Rocha Junior, Diretor Jurídico e de Commerce da Integrity, empresa voltada a iniciativas corporativas e membro do AML Group, além das questões de relacionamento com o país estarem estremecidas, as sanções comerciais também podem ser um impeditivo para a realização de negociações. “As sanções impostas à Rússia por outros países podem refletir diretamente nas empresas brasileiras, uma vez que não é de bom tom que as relações comerciais sejam mantidas quando esses embargos são anunciados. Estamos falando de um sistema brasileiro de agronegócio integrado, com uma cadeia dependente da outra, então, acredita-se que por mais que sejam os fertilizantes o principal problema, essa ação resultará em outras pontas, sejam elas produtivas e para o consumidor”, destacou.

Porém, de acordo com Edgard, essa situação pode também ser uma oportunidade para que o Brasil diversifique seus fornecedores ou ainda intensifique as pesquisas para a produção do insumo. “Existem mercados que poderiam suprir esta demanda, como a China, por exemplo, porém, é preciso avaliar de forma estratégica, já que no passado o Brasil passou por situações delicadas com o país. Quando falamos que o Brasil atenderia a demanda,  estamos com os olhares voltados para o futuro, já que as pesquisas estão avançadas, mas sem muito incentivo para que evolua de forma rápida e absorva essa demanda”, explicou Rocha Junior. 

Edgard salienta que este também pode ser um bom momento para que as negociações do agro brasileiro sejam reavaliadas e passem a atender as demandas de órgãos e entidades, que exigem empresas alinhadas às melhores práticas de ESG, com políticas de integridade, além de avaliarem possíveis situações que desabonem a negociação. “O mundo está passando por uma busca pela sustentabilidade e o agro está com os olhares voltados para isso neste momento. Temos órgãos reguladores no exterior que se recusam a trabalhar com empresas que possuem registros de crimes ambientais ou então ações que possam desabonar essa relação comercial.”

Sobre a Integrity

A Integrity faz parte do AML Group  – o maior bureau reputacional da América Latina – fundado em 2009, que oferece soluções que agregam valor e auxiliam na execução  e implementação de Programas de Integridade e Compliance Anticorrupção no ambiente de negócios. Por meio da elaboração de políticas internas, a empresa oferece aos clientes programas de soluções de tecnológicas inovadoras, capacitação e consultoria para implantação e gestão dos Programas de Integridade, Anticorrupção e do Canal de Denúncias, com eficiência e total aderência à Lei Anticorrupção e regulamentação relacionadas.  https://www.integrity4all.com.br/ 

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