Família faz sucesso com produção de queijos finos de cabra

As produtoras de Santo Antônio do Aventureiro aguardam o selo Sisbi para ampliar as vendas da agroindústria para outros estados do país.

Publicado em 27 de novembro de 2023 às 15h00

Última atualização em 27 de novembro de 2023 às 15h00

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A produção de queijos vem se tornando uma atividade promissora para muitos produtores mineiros. Em Santo Antônio do Aventureiro, na Zona da Mata mineira, a dupla Isabela e Marina Monteiro Netto, mãe e filha, vem realizando uma grande transformação no Rancho Chaparral. Elas apostaram na produção de queijos de cabra, que estão sendo comercializados em vários municípios mineiros. Atualmente, a dupla aguarda o recebimento do selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), que deve ocorrer em breve, para ultrapassar a fronteira do estado e levar seus produtos também para o Rio de Janeiro e São Paulo.

Produtoras – Mãe e filha
Créditos: Divulgação

A família já mantinha uma criação de caprinos para produção de leite, desde 2005. Em 2008, a mãe Isabela Schettini Monteiro Neto, que é graduada em Laticínios, iniciou uma pequena produção de queijos para atender a demanda de familiares e amigos. “A ideia era aproveitar o leite da fazenda, que era vendido para um laticínio da região. Comecei a fazer os queijos e o pessoal gostou. Apareceram vários pedidos, então vimos a possibilidade do negócio dar certo. Minha filha se formou em Medicina Veterinária e decidimos montar uma agroindústria”, explica Isabela.

A filha Marina, de 29 anos, diz que prefere a vida no campo, por isso decidiu ficar na fazenda, após concluir seu mestrado. “Eu não gosto de cidade grande. A produção de queijos me trouxe a possibilidade de realização profissional e também de estar junto da minha família”, argumenta Marina.

Legalização

Mas pôr o sonho em prática tem exigido muito esforço da família, principalmente para a construção das instalações e a legalização do laticínio. “A Marina nos procurou e a Emater-MG auxiliou na organização da documentação exigida para o registro da unidade no órgão de inspeção sanitária, como o projeto arquitetônico, memorial descritivo econômico-sanitário e de construção, e na elaboração do manual de boas práticas de fabricação e dos programas de autocontrole e no processo de rotulagem”, explica a coordenadora de Agroindústria de Leite e Derivados da Emater-MG, Marciana de Souza Lima.

Inicialmente, a família obteve um selo provisório de produto de origem animal que permite vender os queijos nos municípios mineiros junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e depois aderiu ao Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Vale do Paraibuna (CIMPAR). “Esse ano, o consórcio local tem trabalhado junto ao Ministério da Agricultura para o obter a equivalência do seu selo com o Sisbi, dessa forma os produtores poderão fazer vendas não só regionalmente, mas em todo o país. Por ser uma referência na região, o Laticínio Chaparral foi um dos primeiros a passar pela auditoria e foi aprovado pelo ministério”, explica a coordenadora da Emater-MG.

Queijos gourmets

Atualmente, a agroindústria Chaparral processa cerca de 300 litros de leite por dia, produzindo em média 40 quilos de queijo por dia, mas tem capacidade para chegar a atuar com 700 litros/dia. Lá são feitos queijos de massa láctica de leite de cabra como o boursin, o petit fromage e o shancliche (produtos mais gourmets), além do minas frescal e de iogurte natural.

“Mesmo com as crises econômicas, o mercado está sempre aberto para produtos de qualidade. E quem prova nossos queijos repete o pedido. Acredito que, como estamos próximos do Rio Janeiro e São Paulo, vamos ampliar bastante as vendas por ser mercados maiores”, diz Marina. Para 2024, mãe e filha também pensam em tornar o laticínio um ponto de visitação turística na região de Santo Antônio do Aventureiro.

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