Falta de chuvas – e agora?

Com uma série de incertezas e instabilidades climáticas que atingem algumas ...
Milho - Fotos: Shutterstock

Publicado em 7 de maio de 2021 às 16h59

Última atualização em 7 de maio de 2021 às 16h59

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Milho – Fotos: Shutterstock

Com uma série de incertezas e instabilidades climáticas que atingem algumas regiões produtoras do milho segunda safra, o produtor deve redobrar a atenção para as pragas que podem afetar a produtividade do cultivo já no início do ciclo. Um exemplo é a larva alfinete (Diabrotica speciosa), considerada uma das principais pragas subterrâneas do cultivo, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Quando ocorre alta infestação, as perdas na lavoura pela larva podem variar de 10% a 13%. Ainda que as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a produção do milho safrinha ultrapassem as 82 mil toneladas, um volume cerca de 10% maior que o do ciclo passado, o dano causado pela larva pode representar prejuízos significativos, principalmente em um cenário como o atual, em que tempo seco, chuvas irregulares e o atraso da colheita da soja afetaram o desenvolvimento da semeadura, sobretudo na região centro-sul e Brasil Central.

O agrônomo de desenvolvimento de mercado especialista da Bayer, Paulo Garollo, reforça que o dano principal que impactará no grão está ligado ao ataque das larvas ao sistema radicular. “Toda a estrutura da planta vem da sua raiz e se ela é danificada, como acontece com o ataque da diabrótica, o produtor acaba perdendo produtividade, porque ela vai absorver menos nutrientes e recurso hídrico. Neste período inicial, a praga adulta oviposita nas raízes nodais que ficam escondidas sob o solo e após eclosão das larvas, que ocorre em 6 a 8 dias, perfuram, penetram e se alimentam destas raízes, tornando o cultivo debilitado e mais suscetível aos períodos de estiagem, como nesta safra”, explica Garollo.

Ainda segundo o especialista, o agricultor não percebe esse dano até o momento em que uma ventania provoca o acamamento do milho, ou seja, a planta tomba, já que não possui raiz para sustentação. Por isso, o controle dessa praga é mais difícil e só é possível identificar que houve ataque quando o cultivo já foi danificado.

“Solos mais escuros, ricos em matéria orgânica, são favoráveis para a incidência da diabrótica, principalmente após a colheita da soja. As larvas apresentam coloração esbranquiçada e cabeça de coloração marrom escura, por isso são chamadas de larva alfinete. O manejo eficiente da praga deve considerar outras estratégias associadas ao controle químico, como a adoção de tecnologias com proteína Bt específica contra esta incidência”, explica o especialista.

Investimento em biotecnologia

Uma alternativa para o controle da larva alfinete no milho safrinha é a tecnologia VT PRO3, desenvolvida pela Bayer. “A semente apresenta duas proteínas voltadas à proteção da raiz do milho contra o ataque da larva de diabrótica e contra as principais pragas aéreas que atacam as folhas, colmo e espiga da cultura. A biotecnologia oferece tolerância ao glifosato, possibilitando um manejo eficiente das plantas daninhas”, afirma o especialista da Bayer.

Além disso, neste ano, a Bayer traz ao mercado o VT PRO4®, a nova biotecnologia para milho híbrido. “O produtor brasileiro é o nosso grande parceiro e sabe que os híbridos da Bayer entregam diversos benefícios a ele, especialmente o potencial aumento de produtividade”, explica Garollo. “Investimos em pesquisa e desenvolvimento para entregar um portfólio com mais resultados para os desafios de manejo do agricultor.”

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