“Economia circular é caminho para futuro sustentável”, afirma presidente do Conselho da Campo Limpo 

Agronegócio brasileiro se destaca e está à frente da maioria dos países quando o assunto é economia circular

Publicado em 22 de março de 2025 às 08h00

Última atualização em 22 de março de 2025 às 08h00

Acompanhe tudo sobre Campo limpo, desenvolvimento sustentável, economia circular, futuro sustentável e muito mais!
Desde 2002, mais de 800 mil toneladas de embalagens de defensivos agrícolas foram recicladas no Brasil

Conceito que surgiu na Inglaterra, no final da década de 1980, a economia circular já é uma realidade em vários segmentos da indústria brasileira. Mas, especialmente no agronegócio, essa modalidade vem se destacando de forma intensa, muito por conta da bem-sucedida engrenagem de reciclagem de embalagens de defensivos agrícolas, que é coordenada pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A transformação da embalagem já utilizada em uma nova é realizada em uma indústria do interior paulista, a Campo Limpo.

“Após o uso por parte do produtor rural, as embalagens podem ganhar uma nova vida, sendo recicladas, e em seguida, sendo disponibilizadas para que a indústria faça o envase do defensivo agrícola. A ação de reciclar é fundamental porque evita a contaminação do solo e da água, ajuda a diminuir a extração e o uso de recursos naturais, além de diminuir a quantidade de resíduo”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Campo Limpo, Adriano Pescarmona. 

No Brasil, a legislação obriga que, após a utilização, os produtores rurais devolvam as embalagens de defensivos agrícolas nas unidades de recebimento do Sistema Campo Limpo. As duas fábricas da Campo Limpo, uma em Taubaté (SP) e a outra em Ribeirão Preto (SP), recebem grande parte desse material e são responsáveis pela transformação das embalagens e tampas anteriormente utilizadas, em novas unidades. “A Campo Limpo chegou como uma peça que faltava e que se encaixou perfeitamente, fechando o ciclo de uma maneira muito bem pensada. Além disso, promove uma necessidade que a indústria agroquímica precisa”, avalia Pescarmona. 

Caracterizada pela extração de recursos naturais para transformação em produtos, que após o uso são descartados como resíduos, a economia linear deve aos poucos, dar lugar a práticas mais sustentáveis, é o que afirma Pescarmona. “A indústria como um todo deveria utilizar mais produtos reciclados, ou seja, que beneficiam o meio ambiente e a sociedade em geral. Campo Limpo é um caso exemplar, e, sem dúvida, esse é o caminho para um futuro mais sustentável e próspero”, finaliza. 

No Brasil, desde 2002, mais de 800 mil toneladas de embalagens já foram recicladas, evitando a emissão de cerca de 900 mil toneladas de gases do efeito estufa, o que corresponde a mais de 15 viagens em torno da Terra, de caminhão. “Esse movimento todo colocou o Brasil à frente de muitos países quando o assunto é economia circular. Isto porque, as embalagens são totalmente recicláveis, e podem voltar para o mercado, o que transforma resíduos em novos produtos. Desde 2008, já produzimos mais de 100 milhões de unidades recicladas.”, enfatiza o presidente da Campo Limpo, Marcelo Okamura.

Campo Limpo Plásticos

Fundada em 2008, a Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos S.A. atua como centro de desenvolvimento de novas tecnologias para reciclagem e produz embalagens plásticas para envase de defensivos agrícolas a partir da resina reciclada pós-consumo advinda do Sistema Campo Limpo. Esse processo é proprietário, conta com certificação UN para transporte terrestre e marítimo de produtos perigosos e recebeu uma patente verde pelo INPI.

Tudo começa com as embalagens vazias devolvidas pelos agricultores após tríplice lavagem ao Sistema Campo Limpo. A logística reversa destas embalagens realizada pelo inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) permite a economia circular das embalagens pós consumo dentro do próprio setor.  

A companhia possui um complexo industrial que abriga duas subsidiárias localizadas na cidade de Taubaté (SP) e uma filial em Ribeirão Preto (SP), inaugurada em 2018.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Últimas publicações

1

Produção de grãos pode bater novo recorde no Brasil

2

Holding rural: o que é e quais os objetivos?

3

Tipos de abacate: conheça as variedades mais cultivadas no Brasil

4

Limão caviar: a fruta exótica que vale mais de R$ 2.000 por quilo

5

Mariangela Hungria ganha o “Nobel” da agricultura mundial

Participe do Nosso Canal no WhatsApp

Receba as principais atualizações e novidades do agronegócio brasileiro.

Assine a Revista Campo & Negócios

Tenha acesso a conteúdos exclusivos e de alta qualidade sobre o agronegócio.

Publicações relacionadas

produção de grãos

Produção de grãos pode bater novo recorde no Brasil

Mariangela Hungria no laboratório

Mariangela Hungria ganha o “Nobel” da agricultura mundial

Laranja-1-1

Safra de laranja 2025/26 em SP e MG é estimada em 314,6 milhões de caixas

Foto: Eudes Cardoso

Embrapa e Ufersa disponibilizam cultivar de porta-enxerto de maracujá resistente à fusariose